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Como elaborar um plano de aula de acordo com a BNCC

Como elaborar um plano de aula de acordo com a BNCC.

Por Maria Luísa Silvestre

Pedagógico

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) menciona a necessidade de um planejamento de aulas  que tenha como objetivo a formação integral do aluno. Ela nos alerta sobre a importância de que, nos trabalhos desenvolvidos, ocorram “a superação da fragmentação radicalmente disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real e a importância do contexto para dar sentido ao que se aprende.”Também nos orienta com a especificação das competências que devemos ajudar os estudantes a adquirirem. Eis as principais: 

conhecimento /  pensamento científico, crítico e criativo / comunicação / conscientização social e ambiental / autoconhecimento, empatia e colaboração / responsabilidade e cidadania

 Já a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), além de propor um tema anual para projetos pedagógicos, destaca quatro pilares que as escolas devem  trabalhar de modo a levar o estudante a: aprender a aprender; aprender a fazer; aprender a ser; e aprender a conviver.

Muita coisa, querido(a) professor(a)? Difícil abranger tudo isso em suas aulas? Na verdade, é bem mais fácil do que parece, pois esses itens se unem, se complementam.             

Vamos apresentar, a seguir, um resumo e  alguns exemplos.

Com certeza, suas atividades já incorporam vários desses valores. Resta, talvez, você acrescentar um ou outro.

FORMULAÇÃO DE PROJETO, INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO

Muitos trabalhos podem ser organizados com a participação de toda a equipe de professores ou parte dela, a partir de um tema ou mesmo de uma data importante, como, por exemplo: a Festa Junina da escola, o Dia do Meio Ambiente, o Dia da Mulher.

Escolhido o tema, cria-se um Projeto Interdisciplinar em que dois ou mais componentes curriculares relacionam seus conteúdos para aprofundar um conhecimento, estabelecendo, assim, a integração dos saberes. 

Outra opção de Projeto Interdisciplinar parte da escolha de um LIVRO. As editoras e mesmo aplicativos de e-books oferecem livros para faixas etárias específicas que abordam questões sociais, emocionais e ambientais. Muitas histórias fictícias têm relevantes conteúdos que podem ser explorados pelas diversas disciplinas. 

Quando, por exemplo, um livro lido e interpretado nas aulas de Português é tema para produções artísticas nas aulas de Arte, resulta uma discussão histórico-social nas aulas de História, inspira a elaboração de iconográficos com recursos da Tecnologia Digital e até mesmo a montagem pelos próprios alunos de uma pecinha teatral (com música, dança, cenário), o projeto, além de sua Interdisciplinaridade,  torna-se rico em contextualização. Isso significa que  o aluno constatará que o assunto trabalhado  é significativo para a sua vida e que, de alguma forma, ele está aprendendo algo útil para ser aproveitado no seu cotidiano. Em consequência, sentirá prazer e gosto pelo conhecimento, entendendo sua importância.

 Como sugestões para  Projetos Interdisciplinares,  mencionamos 3 obras:  E se fosse com você?, de Sandra Sariê / Ética e Cidadania Organizacional-Guia Prático, de Paulo Roberto Berdano / Eu estou aqui, de Maís Zakzuk. Todas trazem mensagens socioemocionais, como: diversidade cultural, empatia, integração entre as pessoas, autorrespeito e respeito ao outro. Especificamente,  o livro Eu estou aqui, por falar de crianças refugiadas ou imigrantes e citar vários países, torna  recomendável a inclusão da disciplina de Geografia ao projeto.

ATIVIDADES EM GRUPO E PROTAGONISMO

As atividades de um  Projeto Interdisciplinar são organizadas pelos alunos divididos em equipes, de modo que o professor deve estar muito atento e orientar sobre os procedimentos, as formas de relacionamento adequadas, as atitudes de cada membro, garantindo que todos participem, que haja harmonia entre eles e as ideias sejam ouvidas e respeitadas.  

Antes do início das atividades, convém reforçar para os alunos a importância da colaboração de cada membro, que deverá ter, portanto, suas tarefas determinadas, compromissos e responsabilidades (já que muitas tarefas precisam ser realizadas individualmente, em casa, precedendo os momentos de reunião das equipes).               

Dessa maneira, fica garantida a lição fundamental para a vida toda: “como trabalhar em grupo”

O professor deve se lembrar de que, no decorrer de todo o projeto,  ele é o mediador, o orientador, de cujo papel depende o desenrolar das atividades. Ele precisa atuar sim, e muito, para auxiliar os alunos. Mas, ao mesmo tempo, eles é que são os protagonistas dos trabalhos, ou seja, os alunos deverão ter oportunidades de escolhas e decisões. 

Que tal os grupos decidirem de que forma apresentarão o resumo de suas conclusões? Será por meio de uma peça teatral? De uma história em quadrinhos? Da produção de um vídeo  ou  uma storytelling digital? Permita que os alunos escolham direções e enfrentem desafios. Todo e qualquer trabalho deve ajudar na aquisição  de uma identidade protagonista, que prepara o aluno para a vida na sociedade e no futuro ambiente de trabalho. Nesse processo (sempre com a supervisão do professor), vale errar, refazer, reorganizar. O aluno perceberá suas próprias habilidades e limitações, e concluirá que as dificuldades poderão sempre ser superadas.

COMUNICAÇÃO E TIPOS DE LINGUAGEM

O seu planejamento, professor, estará no caminho certo quando as suas atividades ou projetos exercitarem a comunicação e expressão do aluno em duas ou mais linguagens: verbal (oral e escrita) e não verbal (corporal, visual, sonora e digital). 

Sabemos que os trabalhos geralmente  são redigidos e/ou apresentados oralmente. E esse treino da comunicação verbal é de extrema importância. Entretanto, há muitas outras linguagens que os alunos devem experimentar. 

Uma dramatização ou apresentação de música e de dança podem combinar com muitos projetos.

A linguagem artística, por meio da Oficina Maker (proposta criativa do “faça você mesmo” com reaproveitamento de materiais), permite que o aluno faça produções referentes a qualquer tema ou disciplina. Bonecos-personagens dos livros, tipos de células e camadas do solo são alguns exemplos da Arte como integrante constante da interdisciplinaridade.   

E, como os alunos gostam bastante, a linguagem digital, por meio de  aplicativos, possibilita inúmeras realizações combinando imagens e sons.

RODAS DE CONVERSA E SOCIOINTERACIONISMO

 A BNCC e a Unesco são unânimes em recomendar como pilares fundamentais na formação do estudante o autoconhecimento, o conhecimento do outro, o autorrespeito e o  respeito ao outro, a empatia e o convívio harmonioso. 

Esses valores se desenvolvem no dia a dia nas aulas bem planejadas em que, com frequência, forma-se uma roda de conversa. Garanta que todos tenham a chance de falar,  de expor seus pensamentos e sentimentos. O assunto é da disciplina de Matemática ou Ciências? Há muito para se conversar sobre finanças, gastos, consumo e consumismo ou sobre higiene, saúde física e psicológica. Tenha, professor, o hábito de, dentro da sua disciplina, trazer assuntos para o cotidiano dos alunos e dê VOZ a eles. Crie um “gancho” com seus conteúdos programáticos e promova um bate-papo informal. 

Essas conversas unem os alunos, desenvolvem uma relação social e cultural entre eles e estimulam uma aprendizagem ativa. 

Até quando um Projeto Interdisciplinar esteja em andamento, cabe uma roda de conversa para eles contarem como estão progredindo, como estão se sentindo, quais são seus planos ou quais são as dificuldades.

Também a roda de conversa pode acontecer para a escolha de livros (assuntos que eles gostariam que constassem nas leituras) e temas de projetos.

CIDADANIA

Toda aula é hora de louvar a VIDA.  Dê um jeitinho de sua aula passar mensagens positivas com o ensinamento de que cada um tem responsabilidade com a própria vida, a vida dos outros e a vida do planeta. 

Chega de valores egoístas e de violência! Nas nossas aulas, ajudemos as crianças e adolescentes a serem cidadãos pensantes, críticos, atuantes para o bem  e desejosos de criarem um mundo mais fraterno, com preocupações humanitárias e ambientais.

Para as aulas de Português, recomendamos a leitura de poesias e, depois, a criação de textos poéticos sobre assuntos sociais e ecológicos. Nas aulas de Ciências, História e Geografia, muito se tem a comentar sobre as sociedades e suas atitudes, sobre a devastação da natureza, sobre o aquecimento global, etc.

Que tal montar Projeto Interdisciplinar com a participação de todas as disciplinas sobre “Cidadania e Valores”?

O Mundo agradecerá!!!

E então? Suas aulas abrangem todos esses aspectos pedagógicos que mencionamos?  Se faltam alguns, insira-os nas próximas propostas de trabalho. 

 

Saiba, também, que o material pedagógico do “Sistema  Piaget” é organizado com base nas orientações da BNCC e na Unesco. Ele estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da trajetória escolar.

Venha conhecer. Você encontrará atividades interativas e motivadoras, incluindo trabalhos interdisciplinares e projetos.

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TAREFA ESCOLAR – Qual a sua importância?

TAREFA ESCOLAR – Qual a sua importância?

Pedagógico

Por Maria Luísa Silvestre

 É muito comum crianças e adolescentes adiarem o máximo possível para começarem as lições. E, evidentemente, isso causa muita preocupação à família, desgaste emocional, discussão e até choro quando o estudante é ainda pequeno. 

Muitas vezes, após um dia longo no trabalho, os pais se veem diante de mais um compromisso: apoiar os filhos na realização da lição de casa. E o cansaço que surge nesse momento faz muitos se questionarem por que a escola manda exercícios e trabalhos para serem feitos em casa e se realmente vale a pena tanto esforço deles e dos filhos.

IMPORTÂNCIA DA LIÇÃO DE CASA PARA O APRENDIZADO

As tarefas escolares, no entanto, têm função muito importante no aprendizado e por isso  não podem ser excluídas pelas escolas.

Os especialistas em Educação afirmam que é na hora da lição que o estudante desenvolve  autonomia, responsabilidade, organização, entre outras competências voltadas aos estudos. Também a lição o ajuda a reter o conteúdo estudado ou a perceber dúvidas que poderão ser solucionadas na aula seguinte. Em suma, as lições e trabalhos em casa ensinam o aluno a aprender.

Para os pais, essas tarefas permitem que eles  fiquem cientes do que está acontecendo na sala de aula, o conteúdo que está sendo ministrado, o que está sendo cobrado e, o mais importante, o grau de dificuldade ou facilidade que o(a) filho(a) está tendo com os assuntos.

BRIGAR E FORÇAR NÃO  RESOLVE

Demonstrar nervosismo, gritar, fazer discursos e dar castigos não levam a lugar nenhum. Contar “histórias tristes” de como a criança ou o adolescente vai se tornar um adulto fracassado também não ajuda em nada.

Se o estudante diz que “A lição é muito difícil.” ou “Não estou entendendo nada e não vou conseguir terminar.”, a resposta mais desencorajadora que poderia ouvir dos pais é “Você é preguiçoso e acha tudo difícil.”.

Nessa hora, os pais devem ser muito tranquilos e conversar, dando apoio.  Devem dialogar, o que significa também ouvir o(a) filho(a) para entender o porquê do desinteresse, se existem problemas na escola (com colegas e/ou professores) ou se sentimentos de baixa autoestima ou falta de autoconfiança estão  fazendo com que se considere incapaz. Pode até ser um problema de estresse. Isso mesmo. Gente jovem também se cansa. Será que ele(a) não está com muitas atividades, cursos extras, sem tempo para um descanso antes de fazer os deveres escolares? Por isso, é preciso dialogar para entender o que está acontecendo.

Explique que as tarefas são realmente desafios, mas que ele(a) tem condições de enfrentar e ter sucesso. Diga palavras de incentivo, como: “Estamos juntos nesta dificuldade.”; “Não existem problemas que não possam ser resolvidos.”; “Juntos, acharemos soluções.”; “Vamos nos organizar.”; “Conte com a nossa ajuda.”; “Acreditamos em você.”; “Tudo vai dar certo.”.             

É fundamental que seu(sua) filho(a) se sinta livre para compartilhar seus medos e preocupações com vocês.  Procurem entender mais e julgar menos.

ROTINA E CRIAÇÃO DE BONS HÁBITOS

Para realizar qualquer tipo de tarefa é necessário estabelecer um método e seguir uma rotina. Para o estudo não é diferente. E a lição de casa é mais um componente das atividades que devem ser organizadas no dia a dia. Por isso, estabeleça com seu(sua) filho(a) um horário específico para a realização das tarefas. Escolham o momento mais adequado para ele(a) se concentrar e render melhor.

Outro ponto importante é oferecer um lugar adequado, com uma mesa e os materiais escolares à disposição. Habituem-no(a) a fazer os deveres sempre nesse lugar que foi especialmente criado para ele(a) (enfatizem isso). 

No caso dos estudantes maiores, se possível, deixem que escolham o horário (desde que sigam) e organizem um espaço exclusivo conforme o gosto deles.

E, para  que mantenham o foco, afastem elementos de distração, como tv ligada, por exemplo.

PROCEDIMENTOS COM A CRIANÇA

 Expliquem à criança que lição de casa, por ser uma revisão e reforço do que já foi mencionado em aula, é uma forma de poder demonstrar o quanto aprendeu. Peçam que ela repita o que entendeu sobre o assunto. Deixem bem claro que sabem que ela está progredindo e é capaz de fazer a tarefa. 

Até por falta de tempo, devido aos inúmeros afazeres do dia a dia, alguns pais acabam ajudando demais na  lição de casa, chegando a dar as respostas, ou seja, eles praticamente acabam fazendo as tarefas.

Isso só aumenta o problema e não contribui para a evolução da criança. Além do mais, muita interferência pode atrapalhar a maneira como a professora está desenvolvendo o processo de ensino-aprendizagem. Métodos ou procedimentos diferentes confundem a criança. 

Ouçam atentamente o que a criança diz sobre a tarefa e acreditem nela. Essa atitude reforçará a valorização que ela já dá às orientações da professora.     Portanto, ofereçam apoio à criança, tirem possíveis dúvidas, leiam com ela o enunciado dos exercícios, estimulem-na a pensar numa possível resposta. Mas jamais deem a resposta pronta.

PROCEDIMENTOS COM  O ADOLESCENTE

 Os pais devem manter um diálogo franco e sincero. Mais do que a criança, o adolescente precisa entender os porquês, as razões de ser de tal jeito. Deixem claro os papéis de cada membro da família, seus direitos e deveres. Expliquem a seu(sua) filho(a) o que ele(a) pode esperar de vocês e o que vocês esperam dele(a).  Convide-o(a) a participar da “cooperação familiar”

Digam sempre a verdade para que se estabeleça uma forte confiança. Só com confiança ele(a) desenvolverá um compromisso consigo mesmo e com a família.

Ressaltem que as tarefas de casa, assim como os estudos em geral, são de responsabilidade dele(a), mas que pode contar com a ajuda de vocês no que for possível. Ofereçam sempre formas de solução para as dificuldades, como aulas de reforço na própria escola ou auxílio de um profissional específico.

Deem dicas de organização para a realização das tarefas. Ajudem na criação de hábitos de estudo.

ELOGIEM SEMPRE QUE POSSÍVEL

O seu estudante, de qualquer idade, precisa de incentivo e elogios para sentir que vocês o valorizam pelas menores conquistas.

  Nem sempre seu(sua) filho(a) consegue acertar todas as lições da escola. Por isso, é importante que vocês o(a) ajudem a saber como lidar com os erros cometidos nessas atividades. Para isso, evitem repreensões sobre as falhas. Ao contrário, mostrem empatia nesse momento. Ele(a) precisa se sentir acolhido(a) pela família.

Conversem sobre a necessidade de estudar mais sobre as matérias que ele(a) tenha dificuldade. Aproveite essa oportunidade para incentivá-lo(a) a revisar o conteúdo e identificar em que tem errado.

Percebendo algum avanço, elogiem. Todo mundo gosta de ser elogiado e reconhecido por seus esforços, não é verdade? Estudos publicados em janeiro, na revista Educational Psychology, revelam que o elogio pode ser uma ferramenta poderosa para pais e professores inspirarem os alunos a se dedicarem mais aos estudos. Alunos que começaram a receber elogios melhoraram o aprendizado e as notas. 

Vale ressaltar que, para ser eficaz e realmente estimular os alunos, a tarefa escolar precisa ser dinâmica, criativa e atrativa, para despertar o interesse em realizá-la; se for feita como mera obrigação, não cumpre seu propósito.

No material do Sistema Piaget para a Educação Infantil é oferecido o Caderno de Atividades que apresenta uma série de exercícios sistematizados, envolvendo o conteúdo abordado em cada Unidade do Manual do Aluno. Esse caderno pode ser utilizado pelo professor tanto em sala de aula quanto em casa com a família (nesse caso como tarefa escolar).


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QUAL O PERFIL PEDAGÓGICO DA SUA ESCOLA?

QUAL O PERFIL PEDAGÓGICO DA SUA ESCOLA?

Gestão

Por: Maria Luísa Silvestre

Todo o corpo docente da sua escola sabe definir claramente as principais características do  trabalho  que vocês executam?

Se chegar um visitante ou um pai interessado em matricular seu filho perguntando sobre qual a metodologia aplicada na sua escola, todos os professores conseguem explicar? Muitas vezes, eles aplicam adequadamente as diretrizes e atingem valorosos resultados de ensino-aprendizagem, a partir da orientação da direção e/ou coordenação, mas não sabem defini-las.

MAS, SABER DEFINIR AS LINHAS PEDAGÓGICOS DA SUA ESCOLA É IMPORTANTE?

Sim, consideramos de fundamental importância que toda a equipe possa definir com clareza as linhas pedagógicas. Isso faz com que não se perca o foco, que o trabalho seja consciente e constante, e que as metas se concretizem com maior facilidade.

Conhecer e nomear as principais características da escola oferece à instituição um senso de unidade e possibilita a construção de sua própria cultura e identidade.

QUAIS AS PRINCIPAIS LINHAS PEDAGÓGICAS DE UMA ESCOLA MODERNA E DE QUALIDADE?

A escola que todos os pais procuram para seus filhos é uma escola moderna, com elevada qualidade de ensino, ou como eles mesmos costumam dizer, uma boa escola.

Vamos citar 10 características ou linhas pedagógicas comprovadamente eficientes para a aprendizagem e que fazem uma escola tornar-se de alto padrão pedagógico, inclusive segundo as propostas da BNCC.

  • 1. Todos da escola aprendem

Os professores ensinam e os alunos aprendem? Não. O correto é todos aprenderem, o que significa que, além dos alunos, a direção, a coordenação e os professores reciclam seus conhecimentos, pesquisam, inovam, mudam estratégias, experimentam caminhos novos. Juntos, todos os componentes da comunidade escolar fazem descobertas, trocam experiências e evoluem, acompanhando as modificações positivas que progresso nos traz e atendendo aos anseios dos alunos inseridos na realidade atual.

  •  2. Avaliação: Um conjunto de atividades participativas

  Memorização de conceitos? Provas conteudistas? Caminho antigo, já desprezado pela maioria dos educadores. O aluno, hoje, deve ser avaliado pelo conjunto de sua atuação, interesse, empenho e progresso demonstrado. É de enorme importância que os alunos se sintam motivados e participem das aulas, dos trabalhos individuais e de grupo, dos projetos.  A participação é considerada como a melhor forma de avaliação, pois se estabelece na constância e continuidade.

Em suma, todas as atividades realizadas pelo aluno são consideradas avaliações. 

E, no caso específico de “provas documentais” (muitas vezes exigidas pela Delegacia de Ensino), elas devem ser organizadas de modo a fazer o aluno pensar, comparar, associar e concluir. Nenhuma prova pode ser, como antigamente, um preenchimento de questionário. Sempre nas provas deve haver um ou mais textos (mesmo que curtos), independentemente da disciplina, para que o aluno expresse a sua capacidade de entendimento e interpretação

  • 3. Contextualização e aproveitamento do conhecimento prévio do aluno

  “Começaremos hoje um assunto novo. Vou explicar…”  É assim que as aulas na sua escola ocorrem? Com certeza, não. O assunto novo não pode ser desvinculado do que os alunos já sabem e da realidade concreta em que vivem. O professor deve partir do que eles conhecem para, desse ponto, acrescentar novos conhecimentos. 

Há alunos que viajam, que passeiam, que assistem a determinadas séries… Conversando, o professor fica ciente da clientela da sua classe e aproveita tudo o que eles vivem para contextualizar, nem que seja para apresentar uma visão reflexiva e crítica das vivências deles. 

Se a sua escola prioriza a CONTEXTUALIZAÇÃO, o professor tem consciência de que precisa definir o tratamento a ser dado ao conteúdo que será ensinado, relacionando-o às experiências dos alunos. 

Com uma proposta de contextualização, o aluno participa do aprendizado e percebe que aquilo tem relevância para a sua vida, que, de alguma forma, está aprendendo algo útil para ser aproveitado no seu cotidiano. Assim, ele sentirá prazer e gosto pelo conhecimento, entendendo sua importância. 

  • 4. Interdisciplinaridade e projetos

Interdisciplinaridade é uma linha pedagógica que utiliza dois ou mais componentes curriculares, associando os seus conteúdos para aprofundar um conhecimento, superando, assim, a visão fragmentada e limitadora de cada disciplina, e estabelecendo a integração dos saberes. 

Esse processo desenvolve o pensamento plural, capacitando o aluno a observar os fatos da realidade de uma forma ampla e abrangente. 

Na verdade, se estabelece a interdisciplinaridade quando algumas disciplinas se unem para a resolução de um problema real. Essa metodologia exige a pesquisa, estimula a curiosidade, a vontade de saber o porquê das coisas, e o mais importante: a vontade de achar soluções.

A realização de PROJETOS com temas relevantes da nossa realidade (“Dia do Meio Ambiente”, “Dia Internacional da Mulher”, “Liberdade irrestrita ou limitada dos meios de comunicação digital?”, “A desigualdade social no mundo”, para citar alguns exemplos) só pode se viabilizar seguindo um modelo de trabalho interdisciplinar.         Portanto, a interdisciplinaridade é a maneira mais  eficaz para se levantar hipóteses e encontrar  soluções em projetos significativos e condizentes com as problemáticas do cotidiano.

  • 5. Atividades baseadas em livros

É consenso entre os pedagogos a importância da leitura para a formação global do indivíduo. Quem lê compreende melhor a realidade e desenvolve o raciocínio, a visão crítica e suas próprias potencialidades. Isso sem falar que a leitura promove a ampliação do vocabulário e auxilia a expressão em todos  os seus aspectos, principalmente a da fala e a da escrita.

Qualquer PROJETO INTERDISCIPLINAR, seja qual for o seu tema, pode e deve se iniciar com a leitura de um livro. Há muitas obras disponíveis (as editoras auxiliam na escolha) para crianças e adolescentes, com uma escrita acessível à faixa etária dos alunos, sobre diversos temas atuais e relevantes. 

A disciplina de Língua Portuguesa, por exemplo, começa com o debate sobre as mensagens do livro (leitura da professora para os menores e leitura individual ou em equipes para os demais) e é seguida pelas demais disciplinas: Geografia, História, Arte, Inglês, Informática, entre outras.

Ao perceber que, a partir de um livro, é possível a realização de um conjunto de atividades, o aluno passa a valorizar muito mais a leitura.

  • 6. Utilização de recursos tecnológicos

O mundo hoje é digital. As escolas não poderiam ficar de fora. Há alguns anos elas se digitalizaram, oferecendo tanto aulas de Informática aos seus alunos como plataformas, aplicativos e diversas ferramentas, possibilitando uma comunicação dinâmica entre escola/alunos/pais

Surgiu um novo conceito de escola, que torna a experiência do aprendizado mais sofisticada e enriquecedora. Como característica marcante desta nova realidade virtual está a possibilidade de os alunos tornarem-se autores de conteúdos. Os recursos digitais permitem que eles, além das pesquisas, criem trabalhos elaborados. Ou seja, os alunos podem colocar imagens e  vídeos com áudios narrados com a  própria voz deles.

Isso significa que, mais do que antes, os estudantes constroem o seu próprio conhecimento,  o que não minimiza a atuação do  professor. Este continua exercendo o seu papel fundamental: o de “orientador”.

A tecnologia digital não é nenhum grande desafio para a educação. Pelo contrário, é preciso aceitá-la como algo que faz parte da vida da criança e do jovem. Ela oferece grande apoio para o  professor e infinitas descobertas aos alunos

Nos PROJETOS INTERDISCIPLINARES, a utilização dos recursos digitais se faz presente tanto na etapa da pesquisa, como, depois, na divulgação dos dados e conclusões.

De igual modo, o professor pode aproveitar o gosto dos alunos por gamificação e utilizar em suas aulas aplicativos de jogos disponíveis na internet sobre os assuntos estudados.

  • 7. Protagonismo Discente

Os alunos têm VOZ na sua escola? Ou recebem tudo pronto, seguindo apenas as orientações das tarefas?

A escola moderna é o espaço do apoio, acolhimento, incentivo para o desenvolvimento das potencialidades do aluno. Por isso,  uma  metodologia de PROTAGONISMO se faz necessária, dando visibilidade ao aluno, colocando-o num papel de destaque na aprendizagem.

Por meio de PROJETOS INTERDISCIPLINARES e com o auxílio indispensável das ferramentas digitais, a escola oferece a oportunidade de os alunos atuarem, criarem, errarem, refazerem, organizarem e reorganizarem.       

Os alunos podem escolher, por exemplo, os temas dos projetos e debates, os livros para leitura. O professor auxilia para que as opções se relacionem com as características da turma, a faixa etária, as suas experiências de vida, as suas expectativas, etc.

Também a organização das etapas, das divisões dos grupos, das formas de apresentação dos resultados, pode ser de decisão da própria turma. 

Assim, os alunos formarão uma IDENTIDADE PROTAGONISTA que irá prepará-los para a vida, num processo de verificação das próprias habilidades e também das dificuldades e limitações, com a certeza de que os desafios existem e sempre poderão ser superados.

O lema do PROTAGONISMO é: “Eu não sei sobre isto, mas posso enfrentar o desafio e aprender”.

  • 8. Desenvolvimento de competências socioemocionais

As escolas de ponta fazem um trabalho constante com os alunos para que eles desenvolvam competências emocionais e sociais. Muitas vezes, os procedimentos incluem a presença dos pais em encontros pessoais com a orientadora educacional das turmas ou em palestras on-line e presenciais com profissionais especializados, como psicólogos, neurologistas, psicopedagogos, entre outros.

O objetivo principal dos diálogos e orientações é promover o relacionamento harmonioso do aluno com as pessoas dentro e fora da escola, o que influi, inclusive, no seu próprio desempenho escolar. 

Aulas de IOGA (com adaptação para as diversas idades) e de RELAXAMENTO já fazem parte da grade curricular, auxiliando no equilíbrio emocional, na atenção e concentração,  na prevenção da ansiedade e estresse, na capacidade de enfrentar situações desafiadoras.

Além dessas duas modalidades, muitas escolas estão adotando o SOUL MIND, uma  proposta de Meditação inspirado no “Programa Internacional Cultivating Emotional Balance” e planejado diferentemente   para cada ciclo escolar. Trata-se de um projeto que permite ao aluno, com serenidade e segurança, entender os benefícios de fortalecer a autoestima, o autorrespeito e também o respeito ao outro. São exercícios de postura e de respiração que ajudam no controle e direcionamento da raiva para ações positivas.

  • 9. Liberdade limitada

Os alunos se sentem livres na sua escola? Eles podem se expressar, discordar, apresentar sugestões e ideias de mudança? 

Essa liberdade para atuar e diferir é de extremo valor. Não podemos formar indivíduos conscientes, críticos e atuantes se eles forem reprimidos. Só quem se sente livre pode fazer descobertas e participar do próprio aprendizado.

Por outro lado, se na escola os alunos não tiverem limites, nenhuma proposta, projeto ou  estratégia, por  mais  brilhantes que forem, acarretarão bons  resultados. 

Com os menores, falamos em “combinados” que precisam ser respeitados. Com os maiores, devemos definir as regras, as normas, que eles mesmos, numa atitude protagonista, ajudarão a elaborar.        

As aulas referentes ao desenvolvimento socioemocional (como mencionamos no item anterior) ajudarão a turma a encontrar o equilíbrio, ou seja, a liberdade com limites.

O diálogo deve imperar, assim como o estímulo ao hábito da reflexão sobre os sentimentos e atitudes, para que o aluno perceba a importância das noções de limites no convívio amistoso com os professores e colegas.

Reforçar aos estudantes que  os limites, essenciais para a vida em comunidade,  são decorrentes do respeito que se aprende a ter por si mesmo e pelos outros. 

  • 10. Valorização do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável

  Desmatamento, recursos naturais, poluição, aquecimento global, mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável, entre outros temas ligados ao meio ambiente devem ser pautas frequentes de discussões e trabalhos.

Algumas datas não nos deixam esquecer de abordar temas ecológicos, como o “Dia Mundial da Água”, o “Dia da Árvore”, o “Dia do Meio Ambiente”. Convém aproveitar essas comemorações para desenvolver projetos interdisciplinares com alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. 

Todos os anos a  UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), propõe um tema para ser analisado. Neste ano de 2022, o tema é “CIÊNCIAS BÁSICAS PARA A SUSTENTABILIDADE”. A sugestão é  formar um grande debate sobre como realizar um desenvolvimento sustentável, ou seja, um desenvolvimento econômico e social sem a devastação da natureza; sem a poluição do solo, da água e do ar; sem a destruição do meio ambiente como um todo. Nessa proposta, a valorização das Ciências se mostra fundamental, já que elas criam os caminhos para salvar o nosso planeta e a nós mesmos.

Há muitos livros, para todas as faixas etárias, sobre ecologia. Há poesias, há textos jornalísticos. Enfim, um vastíssimo material para pesquisa. E sempre é  dia e hora para ser trabalhado o tema. Os alunos podem desenvolver trabalhos de Arte, montar exposições de desenho e pintura, produzir tirinhas, charge…

A preservação da vida no planeta Terra pede e a  nossa atuação. Portanto, como educadores, temos o compromisso de trabalhar sempre as questões ambientais com os nossos alunos.

E então? Você concorda que esses 10 itens pedagógicos são essenciais para o desenvolvimento de cidadãos observadores, pensantes, críticos e preparados para as mudanças que o nosso mundo tanto precisa? A sua escola segue todos eles? Se faltam alguns, insira-os nas propostas de trabalho. E lembre-se de verbalizá-los. Ao defini-los ou citá-los nas reuniões e planejamentos, nunca serão esquecidos. Eles formarão o perfil da sua escola.


O material pedagógico do “Sistema  Piaget” é organizado com base nesses pressupostos. Ele estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da trajetória escolar.

Venha conhecer. Você encontrará propostas interessantes de atividades interativas e motivadoras, incluindo trabalhos interdisciplinares e projetos.

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LETRAMENTO MATEMÁTICO

LETRAMENTO MATEMÁTICO

O papel da escola para a aprendizagem significativa

Pedagógico

Por Maria Luísa Silvestre

Estatísticas revelam que é grande o número de estudantes, principalmente do ensino público, que aprendem a ler e a escrever e também a fazer as operações básicas da Matemática, mas são, na realidade, analfabetos funcionais. Entretanto, se os alunos são alfabetizados, como podem ser ao mesmo tempo analfabetos funcionais?

 Hoje se fala de LETRAMENTO, que é muito mais do que conseguir ler e escrever. Só é considerado letrado o indivíduo que entende o que lê, que entende o que escreve, e utiliza essas habilidades para a “comunicação”, ou seja, para receber informações e se expressar adequadamente.

Alguns pedagogos dizem que o LETRAMENTO se desenvolve junto com o processo de ALFABETIZAÇÃO, quando este é bem contextualizado. Já outros pensam que o LETRAMENTO se estende por todo o Ensino Fundamental ou até mesmo até o Ensino Médio.

Essas duas teses não se opõem. Elas se combinam e só evidenciam que o indivíduo está letrado se domina o entendimento da leitura dos diferentes gêneros textuais e dos códigos gerais de comunicação, como por exemplo: linguagem matemática, tabelas, gráficos, quadrinhos, charges, etc.   

O COMPROMETIMENTO DOS EDUCADORES

Na verdade, cabe à escola e seus professores proporcionarem o LETRAMENTO paralelamente à alfabetização. Isso quer dizer que a proposta de ensino precisa ser interativa, contextualizada, significativa. Em síntese, o aluno realmente aprende quando o novo conteúdo a ser trabalhado parte da realidade em que ele se situa e o método pedagógico possibilita que ele contribua para o seu próprio aprendizado com suas experiências e vivências.

DE UM MUNDO CONHECIDO PARA “NOVOS” MUNDOS

Tanto Jean Piaget quanto Paulo Freire pregavam que,  a cada passo do conteúdo programático, os professores precisam verificar se a abordagem está sendo significativa, se está vinculada aos conhecimentos prévios do aluno, à sua realidade concreta. Dessa maneira, aos poucos, o aprendiz faz novas descobertas e consegue ampliar a sua visão de mundo.

O ENSINO DA  MATEMÁTICA        

Com a Matemática, a metodologia  significativa e prática deve também ser  observada, para evitar o surgimento  dos analfabetos funcionais da Matemática, aqueles que conhecem as quatro operações básicas, mas não conseguem aplicá-las no seu cotidiano. 

O estudante adquire o LETRAMENTO MATEMÁTICO quando os seus conhecimentos atendem às necessidades de um ser integrante de uma sociedade. O letrado sabe fazer contas referentes a quantidades, gastos, pagamentos, parcelamentos, trocos, dívidas, etc. Mesmo que use ferramentas digitais para possíveis cálculos, ter o raciocínio matemático básico é essencial para poder atuar. 

METODOLOGIA DAS AULAS DE MATEMÁTICA PARA O LETRAMENTO

De acordo com a própria BNCC, o LETRAMENTO MATEMÁTICO  é definido como as competências e habilidades de raciocinar, formular e investigar meios para resolver problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos matemáticos. 

Mas,  como atingir o estágio de letramento se o aprendizado de Matemática sempre foi visto como uma tarefa desafiadora para os estudantes?

Sabemos que a dificuldade de alguns alunos com a disciplina foi sendo superada com a introdução nas aulas de brincadeiras e atividades que despertam o interesse. 

A metodologia atual de ensino tem como foco aulas dinâmicas, interativas e com  conceitos que partem do concreto para o abstrato, ou seja, os assuntos são apresentados de modo a traduzir a realidade, estabelecendo relações com o cotidiano do próprio aluno. Em vista disso, a contextualização é fundamental. Isso quer dizer que, desde os anos iniciais, a Matemática deve ser apresentada ao aluno como uma ferramenta útil para a sua vida. Então, partindo de situações da sua própria realidade, o aluno vai descobrindo o valor e a praticidade dos conteúdos matemáticos. 

A ideia central de qualquer estratégia é que o professor planeje as aulas não apenas pensando no conteúdo específico que precisa ensinar, mas nas situações de inclusão desse conteúdo na realidade concreta. Convém propor uma situação-problema e, sempre que possível, um projeto interdisciplinar

Lembramos que, em qualquer atividade comemorativa ou trabalho desenvolvido pela escola envolvendo várias disciplinas, cabe a participação prática da Matemática. Além da abordagem relacionada ao tema do projeto (o que é sempre possível), a Matemática  pode ainda oferecer grande auxílio à organização do evento  (materiais empregados, quantidade de participantes, divisão dos grupos, horários das apresentações, etc.).

MATERIAIS PEDAGÓGICOS 

Para o estudo da Matemática, os pedagogos são unânimes na constatação de que o uso de objetos do dia a dia, por mais simples que sejam, proporcionam um aprendizado prazeroso e significativo, principalmente nas  séries iniciais do Ensino Fundamental.

O mundo do aluno importa na hora de organizar a aula e escolher os materiais que serão empregados. A estratégia pedagógica  da contextualização,  com o emprego de algo que faz parte do mundo dos alunos e que eles gostem muito, é o caminho certo para o sucesso na aprendizagem. 

As operações básicas e até o conceito de fração  podem ser bem assimilados quando o professor utiliza em suas aulas fichas de papel coloridas, palitos de sorvete, balas, chocolate, peças de dominó, bonecos de papel, etc.

Com criatividade, o professor pode fazer uso de diferentes materiais, como, por exemplo,  o boliche de brinquedo. Quantas pinos foram derrubados? Quantos permaneceram em pé? Assim, com essa brincadeira simples, a soma e a subtração são trabalhadas sem dificuldade.

Outro recurso que faz sucesso é a massinha de modelar. O aluno cria objetos, soma partes, divide… Muitos conceitos matemáticos podem ser explorados com esse material simples e que toda criança gosta.

E existem, também, os materiais específicos já muito conhecidos: material dourado, ábaco, discos de frações, vértices e conectores (para figuras geométricas), entre outros. 

RECURSO INDISPENSÁVEL: A GAMIFICAÇÃO

Quando falamos de materiais interessantes e metodologias lúdicas para promover o aprendizado prazeroso, não podemos deixar de mencionar os jogos digitais. Existem inúmeros aplicativos que  proporcionam o desenvolvimento do raciocínio lógico e podem ser usados, inclusive, para revisão ou aperfeiçoamento dos conteúdos matemáticos.

O emprego dos recursos da tecnologia nas aulas de Matemática é muito positivo: aperfeiçoa o desempenho do aluno, aumenta a motivação, promove o interesse pelo aprendizado da disciplina e, consequentemente, ajuda no LETRAMENTO MATEMÁTICO.

No material do Sistema Piaget brincadeira é coisa séria! São inúmeros objetos educacionais digitais 100% interligados ao material!

Clique para ver um exemplo: https://spiaget.me/numeros-em-toda-parte

GRÁFICOS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

A Matemática, por meio de gráficos de diversas formas, mostra-se necessária nas mais diferentes áreas do conhecimento para representar dados e facilitar a compreensão de informações de análises e pesquisas.

O aluno, mesmo o iniciante no estudo da Matemática, consegue entender gráficos simples e até montá-los. 

Se o professor apresentar os dados, como por exemplo, o número de alunos deste ano matriculados em cada série do Ensino Fundamental para comparar as quantidades, o aluno, bem orientado, pode montar diferentes tipos de gráfico. Citamos os 3 gráficos principais: o gráfico de linhas, o gráfico de barras e o gráfico de setores (chamado de gráfico de pizza).

O gráfico é visual, é concreto e, portanto, permite uma aprendizagem significativa

A leitura ou interpretação de um gráfico exige muitas habilidades, como a observação do título, do contexto e das demais informações que aparecem ao lado ou abaixo. Do mesmo modo, para a sua elaboração, o aluno precisa pôr em prática essas várias habilidades. 

Além disso, a inclusão de um gráfico em projetos interdisciplinares é uma estratégia bastante motivadora.  

E o mais importante: compreender gráficos hoje em dia é uma tarefa indispensável, pois eles estão muito presentes nos meios de comunicação, seja nos jornais, revistas, internet, etc. 

Não compreender gráficos é não estar letrado. 

Veja exemplos de gráficos para crianças:


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Se você quiser a indicação de jogos digitais apropriados para os seus alunos ou outros recursos para a sua aula de Matemática, inclusive propostas de gráficos, conheça as soluções do Sistema Piaget

 São opções atrativas e significativas para cada nível de escolaridade dos alunos.

Se quiser saber mais, entre em contato com nossos consultores através do WhatsApp!

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VACINAÇÃO INFANTIL: COMO FICA A ESCOLA NESSE DEBATE?

Por: Maria Luísa Silvestre e Simone Lopes

Pedagógico

A vacinação contra Covid-19 para o público infantil tem avançado no Brasil e, ainda, alguns pais ou responsáveis demonstram dúvidas sobre como devem agir. 

Sendo a escola uma referência no cuidado com as crianças, eles acabam buscando orientações com a equipe escolar. Dessa forma, abrir esse diálogo com os pais pode ser relevante para a conscientização sobre a necessidade da vacinação infantil.

As escolas têm um papel fundamental neste momento, informando os pais e as crianças sobre o benefício da vacinação até para a continuação das escolas abertas

A escola é essencial para a vida das crianças, que já sofreram muito com o seu fechamento. A vacina contra Covid traz esse adicional de segurança a todos da comunidade escolar.

Se o percentual de não vacinados for pequeno, o risco de contaminação dos alunos diminui, e as complicações decorrentes da doença serão praticamente nulas. 

Infelizmente, a vacinação contra Covid-19 não está prevista no PNI (Plano Nacional de Imunização) e, portanto, os alunos não imunizados não podem ser impedidos de serem matriculados e frequentarem as aulas. Mesmo a Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares) orienta as instituições privadas de ensino a não exigirem o certificado de vacinação dos alunos.

Entretanto, a escola precisa contribuir para a promoção da saúde, atuando na conscientização dos pais.  É possível, por exemplo, enviar comunicados informativos sobre o tema. Deixar claro no texto que a vacinação é um pacto coletivo e que  não devemos temer a vacina e sim a doença. Frisar as consequências graves da doença que a vacina evita: dor, sofrimento, internação e mesmo morte em todas as faixas etárias.

Outra medida é a escola identificar os alunos não vacinados contra a Covid-19 e tentar conversar com os pais. O vínculo que existe entre a escola e as famílias deve ser aproveitado neste momento para proporcionar maior vacinação às crianças.

Segurança dos imunizantes

Atualmente, há duas vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para serem aplicadas nas crianças e adolescentes: a Pfizer e a Coronavac. Apesar de haver muita desinformação na internet, as vacinas passaram por testes. O simples fato dos imunizantes receberem aval da Anvisa deveria ser o suficiente para que a população entendesse que as vacinas são seguras. O crivo da Anvisa é bem rigoroso e existe comprovação de sua segurança.

Mais de cinco milhões de doses da Pfizer já foram aplicadas em crianças de 5 a 11 anos nos Estados Unidos e em outros países, sem demonstrar efeitos indesejáveis ou de preocupação.

Já existem publicados estudos de fase 1, 2 e 3 em crianças de 5 a 11 anos mostrando que, após duas doses da vacina Pfizer infantil, elas apresentaram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos. Além disso, houve demonstração de eficácia de 90,7% para a prevenção da Covid-19 pelo menos 7 dias após a segunda dose. 

Demais vacinas

Não só a vacinação contra Covid-19 deve ser encarada como um pacto coletivo, mas todas as imunizações. As crianças devem ser vacinadas contra todas as doenças ameaçadoras e, novamente, a escola deve ser uma aliada nesse processo de conscientização das famílias

“Em 2019, tivemos uma epidemia razoável de sarampo em São Paulo, com pouquíssimos casos fatais, mas houve mortes. É importante manter a imunização em dia sempre. Vemos que muitas infecções que tinham diminuído estão voltando nesses dois últimos anos”, alertou o médico Eitan Berezin.

Ainda segundo a pediatra Gabriele Teodoro, desde 2014 há um declínio da cobertura vacinal das crianças e, em 2020, nenhuma das vacinas atingiu a meta necessária, o que gera uma grande preocupação e risco para o país.

“Como ocorreu com o sarampo, outras doenças infecciosas eliminadas ou controladas podem voltar a apresentar aumento no registro de casos. Isso reflete principalmente uma falta de preocupação com o bem-estar da coletividade”, avaliou a doutora. 

E acrescentou: “A vacina é um pacto coletivo e social para o bem estar de todos. Além disso, existem questões legais sobre o tema, como os cuidadores poderem ser responsabilizados pela não vacinação dos filhos e isso até resultar na perda da guarda de suas crianças”.

No Estado de São Paulo, a Secretaria Estadual de Saúde explica que a escola é obrigada por lei a informar o Conselho Tutelar da não apresentação do comprovante vacinal dos alunos.

Acreditamos, portanto, que a escola pode e deve tomar uma postura mais exigente em  defesa da saúde das crianças que tanto amamos e que se tornam vítimas de pais mal informados.

Consideramos que, quando os pais negam a vacinação de uma criança, eles assumem a responsabilidade de lidar com o quadro grave de uma doença, possibilitar o reaparecimento de doenças que já eram controladas e infectar outras crianças. 

Precisamos fazer a nossa parte. Não podemos deixar de nos envolver. São vidas de crianças inocentes que estão em jogo.  Vamos ajudar na conscientização dos pais.

Passemos a eles a informação correta: 

As vacinas são seguras e eficazes! Vacinem seus filhos!


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AS AULAS DE “EDUCAÇÃO FÍSICA”

AS AULAS DE “EDUCAÇÃO FÍSICA” E SUA IMPORTÂNCIA NA ATUALIDADE

                       Pedagógico

Por Maria Luísa Silvestre

Faz muito tempo que, por questões de segurança, tornou-se rara a existência do “grupo de amigos”, e o “brincar na rua” ficou coisa do passado. Atualmente, devido à pandemia, os relacionamentos se restringiram ainda mais. A necessidade de isolamento dificulta os contatos reais, só restando as amizades virtuais. 

Por isso, na volta às aulas presenciais, apesar das regras sanitárias que determinam certo distanciamento, a escola ampliou o seu papel e importância, já que, para muitas crianças e jovens, ela é o principal local de socialização.

E as aulas de Educação Física e Esportes são boas oportunidades para a interação entre os alunos.

Além disso, é sabido que eles precisam se mexer, se movimentar, se exercitar, em benefício físico e também mental ou psicológico. Atividades físicas, de qualquer tipo, são fundamentais, pois ajudam a extravasar a ansiedade, a afastar medos e inseguranças. A Ciência nos ensina que os exercícios físicos fazem o organismo liberar endorfina, dopamina e serotonina, hormônios que geram sentimento de prazer e bem-estar, e ajudam no controle das  emoções.

A EDUCAÇÃO FÍSICA NAS AULAS A DISTÂNCIA

Se todos os professores tiveram de se reinventar e criar novas metodologias para suas aulas, muito mais foi exigido dos professores de Educação Física. Eles precisaram elaborar uma programação totalmente diferente, já que a quadra, naquele momento, era a casa dos alunos.

Os exercícios físicos deveriam ser feitos em pequenos espaços e eram essenciais para o movimento do corpo e saúde mental, principalmente pelo fato de que os alunos não saíam de casa  e, vários deles, estavam desanimados e até depressivos. 

Mas como seriam as aulas? Como motivar os estudantes? 

Foi preciso muita criatividade. Cada escola, com certeza, arranjou um jeitinho. Citamos, como exemplo, a atuação da equipe de professores de Educação Física e Esportes da escola de aplicação do Sistema Piaget – Colégio Piaget, que centralizou as atividades no que denominou de “ESTÍMULOS DIÁRIOS”. Eles apareciam nas lives por períodos curtos (15 a 20 minutos), mas frequentes, conversando, interagindo com os alunos e propondo atividades físicas divertidas, usando cabo de vassoura, a cadeira da cozinha, enfim, objetos improvisados. Tudo isso misturado a histórias ou músicas. Dança e Canto, com o professor de Música, passaram a fazer parte da Educação Física. Lembram os professores que até os familiares apareciam no horário para dançar e cantar junto.

A EDUCAÇÃO FÍSICA HOJE, NAS AULAS PRESENCIAIS

Muito se aprendeu na época das aulas on-line, ou seja, as atitudes preciosas dos professores de Educação Física e Esportes, como o carinho, o diálogo, a demonstração de afeto, foram  tão benéficas para o emocional dos alunos que, agora, continuam como um padrão. As crianças e os adolescentes  precisam desse ACOLHIMENTO, precisam gostar da escola, gostar do professor, gostar da atividade. 

Nesse contexto, a Educação Física pode ser a disciplina que mais auxilia física e emocionalmente os alunos, pelo fato de que promove a integração com os colegas e  o desenvolvimento de várias práticas de expressão corporal que são, na verdade, expressão do  próprio “eu” emocional e social.       

Ficou evidente que a Educação Física não pode mais ser vista como antes. Ela, agora, é uma CULTURA DE ATIVIDADES CORPORAIS DIVERSIFICADAS, que abrange brincadeiras, gincanas, dança, canto, teatro, exercícios de relaxamento e de meditação. Os aspectos socioemocionais são sempre levados em consideração e o diálogo com a turma não pode faltar.

A EDUCAÇÃO FÍSICA SEGUNDO A BNCC

BNCC situa, hoje, a Educação Física na área de Linguagem e a trata no âmbito da Cultura. Dessa forma, as expressões corporais se integram às demais disciplinas na formação plena do indivíduo. 

A atividade física, como todos sabem, melhora a saúde e diminui riscos de doenças como a obesidade, hipertensão arterial, colesterol alto e doenças respiratórias. O professor de Educação Física e de Esportes tem, sem dúvida, a função de incentivar as práticas de uma vida saudável e ativa. Mas, na escola, sua atuação vai além. Ele, como os demais docentes, devem auxiliar a saúde emocional dos alunos que, no mundo problemático em que vivemos, precisam se sentir bem recebidos, acolhidos, compreendidos, amados.        

Como dizia o mestre Paulo Freire, “Não se pode falar em Educação sem amor”.

APRENDIZADOS VALOROSOS: O AUTORRESPEITO E O RESPEITO AO OUTRO

A  Educação Física é uma disciplina propícia para desenvolver, além da saúde do corpo e a saúde mental ou emocional, ATITUDES CIDADÃS. Isso porque os jogos esportivos e as atividades lúdicas (competições e desafios em equipes) estimulam nos alunos o respeito por si mesmos, a solidariedade para com o próximo, a valorização do trabalho conjunto, o conhecimento e aceitação das suas características, bem como as  características dos demais.

É nas aulas de Educação Física que os alunos têm mais possibilidades  de lidar com o diferente, com as suas próprias limitações físicas e psíquicas e com as dos outros. Por isso a importância de o docente despertar essa percepção nos alunos, para que eles levem para a vida o saber conviver e o saber respeitar a diversidade que faz parte da sociedade.       

Então, existe a necessidade constante de o professor de Educação Física ou de Esportes conversar sobre esses aspectos éticos do autorrespeito e do respeito ao outro, que constituem valores  essenciais para convivências harmoniosas e construtivas.

NOVA NOMENCLATURA PARA NOVOS PROCEDIMENTOS

A disciplina de Educação Física  não pode ficar dissociada ou independente. Muitas escolas já criaram o “DEPARTAMENTO DE ESPORTES E CULTURA”, em que se incluem várias disciplinas, conforme o que seja possível à mantenedora disponibilizar aos seus alunos. Dessa maneira, a esse DEPARTAMENTO incluem-se as disciplinas de Música, Dança, Teatro, Circo, Arte, RPG, Alongamento, Ioga, Meditação, Xadrez, Damas, Ginástica e os Esportes em geral.

A variedade de opções potencializa o  PROTAGONISMO DISCENTE quando os alunos livremente escolhem a(s) modalidade(s) que desejam praticar (após um período de experimentação).             

Também ocorre o protagonismo no momento em que aos alunos é dada a voz para sugerir atividades. Os alunos precisam ter voz na escola, e esta precisa, na medida do possível, atender e estimular a participação ativa deles, inclusive  na organização dos conteúdos programáticos.

Também podem fazer parte do “Departamento de Esporte e Cultura” as aulas do SOUL SOCIOEMOCIONAL.

     O SISTEMA PIAGET disponibiliza para as escolas o Programa Soul Socioemocional, que é um Programa de Meditação para crianças e adolescentes, totalmente estruturado a partir dos momentos atuais de vida e desafios que se apresentam. Inspirado no “Programa Internacional Cultivating Emotional Balance”, objetiva ampliar o foco, a concentração e a atenção. E mais do que isso: trata-se de um trabalho em que se fortalecem as noções de limites, a autoestima, o controle e direcionamento da raiva para ações positivas. Enfim, aula a aula, o aluno aprende a refletir sobre suas emoções e atitudes, e cultivar o bem-estar, o equilíbrio e a felicidade.

Ah! Caso ainda não tenha o Programa Soul Socioemocional em sua escola e queira conhecer o material  acesse jpiaget.com.br ou Entre em contato com nossos consultores através do WhatsApp!

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PAULO FREIRE E SUA PEDAGOGIA SIGNIFICATIVA

PAULO FREIRE E SUA PEDAGOGIA SIGNIFICATIVA

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra” (FREIRE, 1989)

Por Maria Luísa Silvestre

Paulo Freire faria, no dia 19 de setembro de 2021, 100 anos. Esse brilhante educador e filósofo  é considerado o  “Patrono da Educação Brasileira” e recebeu homenagens em todo o Brasil pelo   seu centenário.  A sua obra é reconhecida mundialmente: ele tem títulos em 41 instituições de ensino, como nas universidades de Harvard, Cambridge e Oxford.

Esta frase tão conhecida de Paulo Freire “A leitura do mundo precede a leitura da palavra” quer dizer que a realidade vivida é a base para qualquer aprendizado, ou seja, conceitos novos  só são adquiridos quando têm ligação com o já conhecido.

Na verdade, o conceito pedagógico hoje utilizado de CONTEXTUALIZAÇÃO surgiu da percepção de Paulo Freire de que primeiramente observamos e analisamos a realidade em que vivemos, para, depois, podermos ampliar os nossos horizontes.

 

O QUE ERA A LEITURA PARA ESSE GRANDE PEDAGOGO?

“Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha.”

Paulo Freire menciona que  o aluno deve ser o agente de seu processo de aprendizagem, e os conteúdos precisam ser significativos para ele, terem ligação com sua vida, suas vivências, suas experiências. Assim, se estabelece o LETRAMENTO, processo em que a leitura é realmente entendida pelo leitor, amplia a sua conscientização sobre o mundo e até possibilita ações para modificá-lo. 

O aprendiz de Paulo Freire é construtor do próprio aprendizado, exatamente como já nos dizia o pensador Jean Piaget.  Assim, uma educação em que o aluno parte do que lhe é concreto e conhecido para  em seguida assimilar novas informações — dentro de uma proposta contextualizada, que permite reflexão e análise  dos conhecimentos de forma crítica —, tem em comum a  visão de dois importantíssimos pensadores: Piaget e Paulo Freire.

PAULO FREIRE NA METODOLOGIA DO SISTEMA PIAGET

Paulo Freire enfatiza que a  LEITURA nos apresenta o desconhecido; nos faz comparar, analisar, refletir; nos torna cidadãos conscientes, críticos e agentes de mudança.

E as nossas propostas de ensino, do Sistema Piaget e da Escola de aplicação (Colégio Piaget),  vão ao encontro dessas ideias. Tanto é que os nossos projetos educacionais (da Educação Infantil ao Ensino Médio) partem sempre de um livro, seja em papel, seja em formato digital.

Para os pequenos da Educação Infantil, os livros são lidos pelas professoras e pelas famílias. De modo oral ou em forma de desenhos e dramatizações, os livros são sempre trabalhados de maneira interativa com os alunos. 

No 1º ano do Ensino Fundamental, os livros (devidamente selecionados de acordo com o interesse e realidade dos alunos) são utilizados tanto para estimular o gosto da leitura como para promover as primeiras “hipóteses de leitura e escrita”.

Já nas séries seguintes, os livros são a base para qualquer atividade, auxiliando, com os seus temas específicos, na contextualização dos conteúdos e descobertas.         

ALGUNS DOS IMPORTANTES LEGADOS DE PAULO FREIRE

1- EXPERIÊNCIA DO ALUNO

Na metodologia proposta por Freire, os professores devem utilizar a experiência de vida dos alunos para que eles possam construir o conhecimento. Ele menciona que fazer associação do conteúdo pedagógico aos fatos do dia a dia dos educandos  torna o aprendizado efetivo e mais significativo. 

Se a experiência do aluno tem importância, ele precisa ser ouvido. E, ao ter voz, ele passa de aluno passivo a aluno protagonista.

Assim, um dos legados de Freire hoje é tão acatado: o PROTAGONISMO DISCENTE

2- DIÁLOGO E EMPATIA                                                                                                                                             

Segundo Freire, o professor deveria interagir com os alunos, expressar seu carinho, sua preocupação e interesse por eles: “Esse relacionamento afetuoso repercute na construção de um aprendizado efetivo e troca constante de conhecimentos”

E não foram essas as atitudes que os professores adotaram para incentivar os alunos durante as aulas a distância? E não ficou evidente, agora, no retorno às aulas presenciais, que as aulas devem continuar diferentes, contextualizadas e interativas; que a empatia com os alunos é essencial para agregá-los;  que o diálogo precisa ser constante?

Portanto, seguimos no passado recente e continuamos seguindo no presente as orientações do mestre Paulo Freire.     

         

HOJE ENTENDEMOS MELHOR A METODOLOGIA DE PAULO FREIRE

Em tempos de pandemia, as escolas adotaram aulas especiais para “dialogar sobre sentimentos”.  

O conteúdo socioemocional, que agora já consta da grade curricular de muitas delas, surgiu da necessidade de proporcionar aos alunos estratégias para que eles se conhecessem, percebessem seus sentimentos e detectassem comportamentos positivos ou negativos decorrentes  de suas emoções.

Quando a  Educação, acatando as recomendações da  BNCC,  promove  o autoconhecimento, o conhecimento do outro, o respeito às diferenças e o amor, ela está reproduzindo os ensinamentos de Paulo Freire. 

Lembremos outra frase fundamental do mestre: “Não se pode falar em educação sem amor.”.  

Hoje entendemos bem que o aluno precisa gostar da escola, gostar das aulas, gostar dos professores. E só se consegue isso com muito AMOR.

Se você gosta da metodologia de Paulo Freire, gostará de conhecer o material pedagógico do Sistema Piaget, que contém as principais propostas do mestre:
aulas contextualizadas;
leitura como centro da abordagem de novos conteúdos;
valorização da experiência que os alunos já possuem;
interatividade; 
protagonismo discente.

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COMO ESCOLHER OS LIVROS DE LEITURA PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL?

 COMO ESCOLHER OS LIVROS DE LEITURA PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL?

Pedagógico

Por Maria Luísa Silvestre

Os educadores sabem que estimular o hábito da leitura é essencial para o desenvolvimento dos alunos em suas variadas potencialidades. Ler estimula a criatividade, trabalha a imaginação, exercita a memória, contribui com o crescimento do vocabulário e melhora a escrita, além de outros benefícios. 

Segundo as orientações da BNCC, a leitura tem importância para o estudante na sua formação como indivíduo, pois provoca reflexões e o torna cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres  perante a sociedade em que vive.

Assim, diante da incumbência do professor de ser o influenciador na aquisição do gosto pela leitura, a escolha dos livros tem enorme relevância nesse processo.

LIVROS QUE AGRADAM OS ALUNOS

Os livros precisam agradar os alunos, ser significativos para eles, atender às suas necessidades de respostas para tantas dúvidas que possuem, além de oferecer novidades, experiências inusitadas e até mesmo aventuras, como as crianças e adolescentes tanto apreciam. 

Muitos alunos se desmotivam a ler quando o livro não corresponde às suas expectativas. Infelizmente, alguns professores, principalmente dos Anos Finais do Ensino Fundamental, acreditam que já  devam iniciar com os clássicos da Literatura Brasileira. Devemos salientar que ainda é cedo e que, agora, no Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Anos Finais) o objetivo é fazer com que os alunos apreciem a leitura. Por mais que se tenha a boa vontade e o trabalho adequado do professor, José de Alencar ou Joaquim Manuel de Macedo (para citar alguns dos autores que os professores adotam) não são do agrado do aluno e podem gerar um bloqueio para a leitura difícil de ser superado.

Hoje, as editoras disponibilizam livros bem diversificados. Mesclar assuntos e gêneros literários na lista dos livros selecionados para o ano letivo pode ser uma opção de sucesso. Contos, crônicas, quadrinhos e poesias devem constar na seleção.

DICAS PARA ESCOLHER OS LIVROS CERTOS E CRIAR PROJETOS

1- INICIAR COM A ESCOLHA DE UM TEMA 

A própria BNCC nos recomenda trabalhar com os alunos as Habilidades Socioemocionais. Há muitos livros que tratam de assuntos emocionais da vivência cotidiana do leitor infanto-juvenil: medo, insegurança quanto à aparência, problemas de relacionamento familiar, bullying, etc.

Se o professor escolher trabalhar as EMOÇÕES, pode pedir às editoras que mandem livros sobre esse tema (de acordo com a série da turma) para que possa selecionar. 

Essa temática tem muito significado para os alunos e auxilia no seu autoconhecimento, na formação da consciência crítica e na formulação de propostas de resolução de conflitos.

E existem muitos outros temas interessantes, como: Meio Ambiente, Cidadania, Virtudes, Antirracismo, etc. 

O tema pode também ser escolhido pelos próprios alunos conforme seus interesses. 

Recomendamos, portanto, que a escolha não se inicie com o  livro, mas com o TEMA,  sobre o qual um leque de opções de bons livros se apresentarão.

2- PROJETO INTERDISCIPLINAR DE LEITURA

Os trabalhos sobre um TEMA, com a leitura de uma ou mais obras, requerem a organização de um PROJETO INTERDISCIPLINAR DE LEITURA. Além de Língua Portuguesa, outras disciplinas poderão participar (História, Geografia), enriquecendo os debates e promovendo diferentes atividades em grupos. Salientamos que, para qualquer livro/tema, é bem-vinda a participação da disciplina de Arte que, empregando a CULTURA MAKER (proposta do “faça você mesmo”, com diversos materiais, principalmente os recicláveis), possibilita a interatividade do aluno na montagem de um cenário, um personagem ou um elemento que caracterize as mensagens da leitura.

3- GAMIFICAÇÃO 

Os recursos digitais precisam ser inseridos em todos os projetos, já que fazem parte do cotidiano dos alunos. É consenso que eles são os “nascidos digitais” e parecem ter habilidades natas para acompanhar as diversas propostas que a tecnologia traz para o nosso dia a dia. Por isso, os JOGOS DIGITAIS  trazem grande apoio aos professores e infinitas descobertas aos alunos.

A GAMIFICAÇÃO ajuda na exploração dos conteúdos relacionados ao livro lido e desperta o interesse dos alunos.

Uma dica é utilizar a gamificação nas aulas de Inglês. Como, em geral, o professor dessa disciplina já comumente cria jogos a partir de aplicativos, poderá criar uma atividade com palavras-chave da obra literária (em inglês, é claro)  e, de modo lúdico, abordar o tema e ampliar o vocabulário dos alunos.

Existem muitos links para o professor de Inglês acessar jogos. E é possível,  baseando-se nos games que os sites trazem, fazer adaptações para o assunto desejado.

O Sistema Piaget possui uma plataforma digital que reúne todo nosso conteúdo e que pode ser acessado a qualquer hora, de qualquer lugar; para alunos, professores e gestores. Lá se encontram digitalizados todos os Manuais do Aluno e do Professor, de todos os anos, do Infantil ao Ensino Médio. Na parte de recursos digitais, o conveniado poderá assistir as videoaulas exclusivas do Sistema Piaget, acessar jogos didáticos, aprender com conteúdos interativos e muito mais!

4- LIVROS DIGITAIS

Na era digital, deparamos com um verdadeiro universo de possibilidades. É o caso dos livros, que deixaram de ser apenas impressos.  Surgiram os ebooks para aprimorar a experiência dos leitores com inúmeros conteúdos virtuais de fácil acesso. Atualmente, há na internet 33 sites que permitem baixar livros digitais de graça. São livros digitais gratuitos dos mais variados temas e instituições. 

Parceira do Sistema Piaget, a plataforma literária digital “ÁRVORE” possui 30 mil livros infanto-juvenis para os trabalhos em sala de aula e leitura em casa pelo computador, tablet e até celular. Uma ramificação dessa plataforma, denominada “ÁRVORE ATUALIDADES”, apresenta reportagens, entrevistas, crônicas, tirinhas e atividades gamificadas.         

As obras podem ser escolhidas por TEMAS  pelo professor e pelos próprios alunos. 

Como o mundo digital veio para ficar, os alunos adoram ter acesso a essa plataforma, o que estimula o hábito da leitura.

Quer conhecer essa proposta do Projeto Literário e outras que trabalham todas as dimensões do ser humano, clique aqui, e consulte o portfólio do Sistema Piaget

5- PROTAGONISMO DISCENTE

A NOVA ESCOLA  propõe uma metodologia de PROTAGONISMO dos alunos,  dando-lhes visibilidade, colocando-os em papel de destaque, dando-lhes voz. Em vista disso, o PROJETO INTERDISCIPLINAR DE LEITURA necessita oferecer a oportunidade de os alunos atuarem, criarem, errarem, refazerem, organizarem e reorganizarem. 

Uma proposta é a de, no final dos trabalhos com o livro (ou livros) do tema selecionado, solicitar que os alunos:

 organizem uma exposição das atividades de Arte realizadas; 

  montem pecinhas ou dramatizações das conclusões sobre o tema estudado; 

criem vídeos com imagens e áudio, a partir da utilização, por exemplo,  da  LUMIELABS – Plataforma de Vídeo da Britannica (Um dos parceiros do Programa Transforma do Sistema Piaget) apresentando, de modo resumido, o aprendizado que adquiriram com a leitura. 

Nessas propostas, os alunos, divididos em equipes, planejam e executam as atividades. O professor terá, como sempre, o seu importante papel de orientador e mediador.

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Sistema Piaget busca dar as ferramentas necessárias para que as escolas possam exercer seu papel da formação de cidadão para o mundo. 

Se quiser saber mais, entre em contato com nossos consultores através do WhatsApp!


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TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO

TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO

Pedagógico

Por Maria Luísa Silvestre

O Dia do Indígena / Dia do Índio na escola é parte da programação anual das instituições de ensino. A data é importante para valorizar as culturas que formaram nosso país. Falar dos povos indígenas é falar da natureza, riqueza linguística e cultural, resistência e diversos temas sempre atuais.

Os índios são os habitantes originários do Brasil. Quando os portugueses chegaram aqui, em 1500, havia índios espalhados por todo o território, divididos entre 1.000 povos diferentes  (estima-se que eram de 3 a 5 milhões de pessoas).

O dia 19 de abril é considerado como o “Dia do Índio”, e  a canção “Todo dia era dia de índio” é mais do que uma homenagem ao povo indígena brasileiro. Ela é uma forma de conscientização do desrespeito aos índios que existe até hoje e da mortandade que o “homem branco” praticou (e pratica) desde que ocupou suas terras.

UM POUCO DE HISTÓRIA 

      Durante o período de colonização, para que os invasores dominassem o território, os índios foram assassinados em massa. Muitos eram escravizados, e os que conseguiam escapar fugiam para o interior, enquanto o litoral ia sendo ocupado por povos estrangeiros.  

      Os verdadeiros donos da terra eram considerados como raça inferior, incapaz, destituída de alma e, comparados a bichos, podiam ser mortos. 

       Com o passar dos anos, tribos inteiras foram dizimadas.

     Somente em 1907, o Brasil, pela primeira vez, foi denunciado em um fórum internacional por massacrar seus índios. Este foi um dos fatores que levaram o governo a criar, em 1910, o Serviço de Proteção ao Índio, dirigido em seus primeiros tempos pelo Marechal Cândido Rondon, que era descendente de índios, e foi grande defensor da causa indígena, lutando por seus direitos.

        A Constituição de 1934 e todas as seguintes reconheceram o direito dos índios à posse das terras que habitavam tradicionalmente. A partir dos anos 1940 o interesse pelos índios se tornou mais forte entre antropólogos, sociólogos, etnólogos, historiadores, ambientalistas e filósofos. Figuras como Darcy Ribeiro e os irmãos Villas Boas fizeram muito para promover mais respeito aos índios, denunciando sua condição de opressão e salientando a importância das suas culturas.

       A esta altura, porém, a população total de índios havia caído para cerca de 120 mil indivíduos, e continuava em declínio.

      Na Constituição de 1988, previu-se o direito dos índios, individualmente ou suas comunidades. E ficou estabelecido um prazo de 5 anos para a demarcação de terras indígenas, que “são aquelas tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas do Brasil, habitadas em caráter permanente, utilizadas para as suas atividades produtivas, e imprescindíveis à preservação dos recursos naturais necessários para o seu bem-estar e sua reprodução física e cultural, de acordo com seus usos, costumes e tradições.” 

        Porém, na prática, a demarcação de terras indígenas nunca foi respeitada.

CONTINUA A TRISTE REALIDADE 

        O censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE constatou que havia no Brasil cerca de 817.963 indígenas. Desse total, 502.783 encontravam-se na zona rural e 315.180 habitam os centros urbanos.

         A verdade é que os poucos índios que restam nas matas continuam ameaçados. O agronegócio atual vem tomando suas terras. A mineração na forma de garimpo é vedada aos não-indígenas, mas garimpeiros clandestinos são comuns e envenenam as águas dos rios.

Aldeia de índios isolados, sem contato com a civilização, no Acre

ORGANIZAÇÃO DO MOVIMENTO INDÍGENA 

       A comunidade indígena, liderada pelo cacique Raoni e outros índios, como Ailton Krenak e Marcos Terena, atua na busca de seus direitos.

  A posse da sua terra é a maior reivindicação dos índios brasileiros. O objetivo da demarcação é garantir realmente a proteção dos limites da demarcação, impedindo sua ocupação por não-índios. A sobrevivência deles depende disso.

Cacique Raoni, uma das mais importantes
  lideranças indígenas do Brasil

É lei!

A Lei 11.645/08 determina: “Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena”.

Embora seja lei desde 2008, ainda há muito trabalho a se fazer no que diz respeito a valorização dessas histórias e culturas, essenciais para a formação do país.

Nesse sentido, é muito importante que as escolas atuem cada vez mais inserindo essas pautas nos processos de ensino-aprendizagem dos alunos.

A visão que ainda temos é muito estereotipada e não difere da imagem do “índio” construída desde os tempos coloniais.

COMO TRABALHAR O “DIA DO ÍNDIO” EM SALA DE AULA?

      A comemoração do “Dia do Índio” faz homenagem a uma ampla diversidade de povos que tiveram papel fundamental na formação cultural e étnica da população brasileira. Mas, além de trabalhar a contribuição indígena para a nossa cultura geral, como alimentação, vocabulário e artesanato, elementos que sempre aparecem nas comemorações nas escolas, precisamos falar com os alunos de todos os níveis sobre o direito à terra, direito à vida, direito à sobrevivência desses povos originários do Brasil.

       

Sugestão para os alunos da Educação Infantil e Fundamental I

         Apresentar  a música “Todo dia era dia de índio”, de Jorge Ben Jor e cantada por Baby Consuelo do Brasil, com vídeos mostrando as tribos, as danças, os seus adereços, os artesanatos, as comidas típicas. Na internet, há prontinhos vídeos lindíssimos com essa música sendo cantada. Importante que a atividade comece uns dias antes para as crianças aprenderem a letra e cantarem  junto com a apresentação do  vídeo. Ex.:  https://www.letras.mus.br/baby-do-brasil/365271/    

            Em roda de conversa, interpretar a letra, de acordo com faixa etária da criança, mas sempre discutindo os tópicos que são abordados na música:

Por que todo dia era dia de índio e agora é somente dia 19 de abril? Quem são os verdadeiros donos das terras brasileiras? Como os índios tratam a natureza? É do mesmo modo que os não-índios tratam? Por que os índios tinham “alegria de viver” e hoje têm um “canto triste”? 

        Esse bate-papo sobre a letra da música poderá, para os alunos das séries mais adiantadas (3º ao 5º ano), ser registrado por escrito. Em pequenos grupos, as questões acima serão respondidas como uma interpretação de texto. Eles também poderão ilustrar a atividade com desenhos de natureza ou outros de livre escolha. 

 Sugestão para os alunos do Fundamental II e Ensino Médio

          Convém passar também a letra da música “Todo dia era dia de índio” para eles cantarem junto com o vídeo e discutirem as ideias  que são apresentadas.

          Mas é possível fazer com essas turmas mais adiantadas debates e produção de texto baseadas em algumas informações, constatações ou opiniões. 

            ➤ Oferecemos 3 temas possíveis para ricos debates e posterior registro escrito:

O ÍNDIO E A NATUREZA     Respeito e equilíbrio caracterizam a  relação entre os índios e a natureza.  O relacionamento que também envolve o afeto com as matas, as montanhas, os rios e os animais faz com que os índios vivam uma relação mais próxima e sagrada com o meio ambiente, como se a terra fosse a grande mãe.
O ÍNDIO DEVERIA SE INSERIR AO NOSSO MUNDO? A CULTURA DELES É INFERIOR?   Todos os povos indígenas possuem modos particulares de se organizar e de ocupar os espaços em que vivem, utilizando, inclusive, calendários próprios. Seguem normas de conduta e regras próprias com base nas quais buscam viver bem entre si.
TERRAS PARA O AGRONEGÓCIO    A senadora Kátia Abreu, importante líder da bancada ruralista do Congresso Nacional, fala sobre os problemas derivados da demarcação de terras. Ela argumenta que os índios são poucos e suas terras grandes demais, roubando um espaço que poderia ser usado como área de cultivo ou pastagem para o gado, por isso a reivindicação dos índios é uma ameaça para a economia. A  exportação de grãos e de carne, em 2019, correspondeu a 43% do total, e vem gerando receitas anuais acima dos 90 bilhões de dólares.

     ➤  Oferecemos, ainda, a proposta de 2 livros curtos e de leitura fácil, mas de muita profundidade, que nos ajudam a entender um pouco da visão do índio em relação à natureza e ao planeta como um todo. As obras  “Ideias para adiar o fim do mundo” e “A vida não é útil”, ambas do índio Ailton Krenak, podem proporcionar  interessantes debates em sala de aula.

Algumas outras indicações:

  • Fala de bicho, fala de gente
  • Contos Indígenas Brasileiros
  • Kurumi Guaré no Coração da Amazônia
  • A Terra dos Mil Povos: História indígena do Brasil contada por um índio
  • Boca da Noite: Histórias que Moram em Mim
  • Tem Tupi na Oca e em Quase Tudo que se Toca
  • Descobrindo o Xingu
  • Um dia na aldeia

O mais interessante é não resumir a leitura de materiais da cultura afro-brasileira e indígena a datas comemorativas. Incentive a leitura durante todo o ano apresentando a diversidade brasileira.

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VOLTA ÀS AULAS DO 2º SEMESTRE LETIVO

VOLTA ÀS AULAS DO 2º SEMESTRE LETIVO

Dicas para a readaptação

Pedagógico

Por Maria Luísa Silvestre e Fernando Farina

Mesmo em tempos de pandemia, que exigem distanciamento social e tornam menores as chances de viagens, as férias são sempre boas, tanto para o descanso quanto para outras atividades que, normalmente, não fazem parte da rotina.

Porém, o retorno às aulas traz alguns problemas para os alunos. Além da rotina perdida de horários pré-estabelecidos, os alunos sentem a ansiedade pelo que vão encontrar, o que deles será cobrado, se poderão ou não se adaptar novamente.

Evitar o transtorno da retomada depende muito da atuação da escola e dos professores, a comunidade escolar deve ser preparada para recebê-los com um acolhimento especial.

RECEPÇÃO INTERATIVA E ACOLHEDORA

E para criar um ambiente acolhedor, a escola precisa interagir com os alunos. Organizar mensagens de boas-vindas e colocá-las em diferentes espaços da escola fortalece os laços afetivos entre os alunos e a escola, elemento essencial para que o retorno seja visto como algo prazeroso. Os professores devem demonstrar felicidade por rever seus alunos. A sala de aula deve estar arrumada e preparada com elementos que revelem união, solidariedade, apoio, carinho. E se não for em cartazes, porque não mensagens no meio digital? É muito bom se sentir bem recebido.

Porém o mais importante nesse retorno é ouvir os alunos. Se não viajaram, o que puderam fazer? Brincaram ou se divertiram de que maneira? Os alunos das séries iniciais poderão desenhar algo de que mais gostaram das suas férias e, depois, explicar para os colegas o seu desenho. Os maiores poderão participar de uma roda de conversa em que cada um contará um pouco do que fizeram.

Os alunos também se sentem mais seguros quando sabem o que está planejado para os trabalhos e estudos. O professor deve, resumidamente, apresentar as propostas da sua disciplina e da escola para o semestre que se inicia. E também pedir a opinião deles, aceitar sugestões. Essa interação, sem dúvida, aumenta o interesse e a vontade de participar.

 E mais: a escola deverá ser divertida, um lugar agradável para estar. Por mais responsabilidades que se tenha dentro dela, o lúdico precisa estar sempre presente, os jogos, a música, as brincadeiras:

TODOS PODERÃO FREQUENTAR AS AULAS PRESENCIAIS

Antes, muitos alunos participavam do esquema de revezamento de aulas presenciais e online. Alguns só faziam aulas online. Agora, com todo o cuidado de higiene e uso de máscaras, todos poderão ter aulas na escola. Para alguns é muita mudança.

Há ainda o medo da doença, da contaminação. O receio dos adultos influencia diretamente as crianças e adolescentes, portanto os professores terão de lidar com níveis diferentes de ansiedade, pois os alunos trarão de casa toda uma bagagem do que vivenciaram e vivenciam desde o início da pandemia.

A melhor forma de acolher os pequenos ou mesmo os maiores é ajudá-los a lidar com os próprios sentimentos, proporcionando momentos de conversa, de escuta individual e coletiva. É importante compreender os sentimentos deles e oferecer muito carinho. Além disso, o zelo pela segurança e pela saúde dentro da escola trará para eles também mais confiança e segurança.

CONTEÚDO PEDAGÓGICO

Não podemos negar que a pandemia acentuou a diferença entre aqueles que tinham mais dificuldades de aprender; exigiu um novo educador, que precisou se reinventar, teve que se adaptar às novas tecnologias, novas metodologias, transformando-se. Agora, é preciso estabelecer metas de aprendizagem para alunos com níveis de aprendizado diferentes.

Adequar o aprendizado significa ter o foco no ensino do que é mais importante, desenvolver as habilidades socioemocionais previstas na BNCC, reorganizar conteúdos de acordo com a nova realidade educacional e adaptar objetivos.

Neste retorno, o professor deverá avaliar os alunos e criar estratégias de revisão e recuperação dos conteúdos, sempre de forma interativa e contextualizada.

REVISITAÇÃO DO PLANEJAMENTO ANUAL

Uma atuação relevante dos professores neste momento é revisitar o planejamento do ano e repensar as atividades previstas para o restante de 2021, visando estabelecer quais delas poderão ser canceladas, quais serão modificadas e quais serão mantidas. Como já comentamos, a participação dos alunos nesse processo deve ocorrer, mesmo que de forma parcial.

Os temas de projetos e de pesquisas, os livros para as leituras obrigatórias poderão sim ser escolhidos pelos alunos, sempre com a orientação e aconselhamento dos professores.

Portanto, para um 2º semestre produtivo, que motive os alunos e torne o aprendizado mais significativo, os professores precisarão sempre estar atentos para a possibilidade de flexibilizar os conteúdos, optando pelo que for essencial e de interesse dos estudantes.

Gostou das dicas? Conte para nós aqui nos comentários!

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