LETRAMENTO MATEMÁTICO – Sistema Piaget
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LETRAMENTO MATEMÁTICO

LETRAMENTO MATEMÁTICO

O papel da escola para a aprendizagem significativa

Pedagógico

Por Maria Luísa Silvestre

Estatísticas revelam que é grande o número de estudantes, principalmente do ensino público, que aprendem a ler e a escrever e também a fazer as operações básicas da Matemática, mas são, na realidade, analfabetos funcionais. Entretanto, se os alunos são alfabetizados, como podem ser ao mesmo tempo analfabetos funcionais?

 Hoje se fala de LETRAMENTO, que é muito mais do que conseguir ler e escrever. Só é considerado letrado o indivíduo que entende o que lê, que entende o que escreve, e utiliza essas habilidades para a “comunicação”, ou seja, para receber informações e se expressar adequadamente.

Alguns pedagogos dizem que o LETRAMENTO se desenvolve junto com o processo de ALFABETIZAÇÃO, quando este é bem contextualizado. Já outros pensam que o LETRAMENTO se estende por todo o Ensino Fundamental ou até mesmo até o Ensino Médio.

Essas duas teses não se opõem. Elas se combinam e só evidenciam que o indivíduo está letrado se domina o entendimento da leitura dos diferentes gêneros textuais e dos códigos gerais de comunicação, como por exemplo: linguagem matemática, tabelas, gráficos, quadrinhos, charges, etc.   

O COMPROMETIMENTO DOS EDUCADORES

Na verdade, cabe à escola e seus professores proporcionarem o LETRAMENTO paralelamente à alfabetização. Isso quer dizer que a proposta de ensino precisa ser interativa, contextualizada, significativa. Em síntese, o aluno realmente aprende quando o novo conteúdo a ser trabalhado parte da realidade em que ele se situa e o método pedagógico possibilita que ele contribua para o seu próprio aprendizado com suas experiências e vivências.

DE UM MUNDO CONHECIDO PARA “NOVOS” MUNDOS

Tanto Jean Piaget quanto Paulo Freire pregavam que,  a cada passo do conteúdo programático, os professores precisam verificar se a abordagem está sendo significativa, se está vinculada aos conhecimentos prévios do aluno, à sua realidade concreta. Dessa maneira, aos poucos, o aprendiz faz novas descobertas e consegue ampliar a sua visão de mundo.

O ENSINO DA  MATEMÁTICA        

Com a Matemática, a metodologia  significativa e prática deve também ser  observada, para evitar o surgimento  dos analfabetos funcionais da Matemática, aqueles que conhecem as quatro operações básicas, mas não conseguem aplicá-las no seu cotidiano. 

O estudante adquire o LETRAMENTO MATEMÁTICO quando os seus conhecimentos atendem às necessidades de um ser integrante de uma sociedade. O letrado sabe fazer contas referentes a quantidades, gastos, pagamentos, parcelamentos, trocos, dívidas, etc. Mesmo que use ferramentas digitais para possíveis cálculos, ter o raciocínio matemático básico é essencial para poder atuar. 

METODOLOGIA DAS AULAS DE MATEMÁTICA PARA O LETRAMENTO

De acordo com a própria BNCC, o LETRAMENTO MATEMÁTICO  é definido como as competências e habilidades de raciocinar, formular e investigar meios para resolver problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos matemáticos. 

Mas,  como atingir o estágio de letramento se o aprendizado de Matemática sempre foi visto como uma tarefa desafiadora para os estudantes?

Sabemos que a dificuldade de alguns alunos com a disciplina foi sendo superada com a introdução nas aulas de brincadeiras e atividades que despertam o interesse. 

A metodologia atual de ensino tem como foco aulas dinâmicas, interativas e com  conceitos que partem do concreto para o abstrato, ou seja, os assuntos são apresentados de modo a traduzir a realidade, estabelecendo relações com o cotidiano do próprio aluno. Em vista disso, a contextualização é fundamental. Isso quer dizer que, desde os anos iniciais, a Matemática deve ser apresentada ao aluno como uma ferramenta útil para a sua vida. Então, partindo de situações da sua própria realidade, o aluno vai descobrindo o valor e a praticidade dos conteúdos matemáticos. 

A ideia central de qualquer estratégia é que o professor planeje as aulas não apenas pensando no conteúdo específico que precisa ensinar, mas nas situações de inclusão desse conteúdo na realidade concreta. Convém propor uma situação-problema e, sempre que possível, um projeto interdisciplinar

Lembramos que, em qualquer atividade comemorativa ou trabalho desenvolvido pela escola envolvendo várias disciplinas, cabe a participação prática da Matemática. Além da abordagem relacionada ao tema do projeto (o que é sempre possível), a Matemática  pode ainda oferecer grande auxílio à organização do evento  (materiais empregados, quantidade de participantes, divisão dos grupos, horários das apresentações, etc.).

MATERIAIS PEDAGÓGICOS 

Para o estudo da Matemática, os pedagogos são unânimes na constatação de que o uso de objetos do dia a dia, por mais simples que sejam, proporcionam um aprendizado prazeroso e significativo, principalmente nas  séries iniciais do Ensino Fundamental.

O mundo do aluno importa na hora de organizar a aula e escolher os materiais que serão empregados. A estratégia pedagógica  da contextualização,  com o emprego de algo que faz parte do mundo dos alunos e que eles gostem muito, é o caminho certo para o sucesso na aprendizagem. 

As operações básicas e até o conceito de fração  podem ser bem assimilados quando o professor utiliza em suas aulas fichas de papel coloridas, palitos de sorvete, balas, chocolate, peças de dominó, bonecos de papel, etc.

Com criatividade, o professor pode fazer uso de diferentes materiais, como, por exemplo,  o boliche de brinquedo. Quantas pinos foram derrubados? Quantos permaneceram em pé? Assim, com essa brincadeira simples, a soma e a subtração são trabalhadas sem dificuldade.

Outro recurso que faz sucesso é a massinha de modelar. O aluno cria objetos, soma partes, divide… Muitos conceitos matemáticos podem ser explorados com esse material simples e que toda criança gosta.

E existem, também, os materiais específicos já muito conhecidos: material dourado, ábaco, discos de frações, vértices e conectores (para figuras geométricas), entre outros. 

RECURSO INDISPENSÁVEL: A GAMIFICAÇÃO

Quando falamos de materiais interessantes e metodologias lúdicas para promover o aprendizado prazeroso, não podemos deixar de mencionar os jogos digitais. Existem inúmeros aplicativos que  proporcionam o desenvolvimento do raciocínio lógico e podem ser usados, inclusive, para revisão ou aperfeiçoamento dos conteúdos matemáticos.

O emprego dos recursos da tecnologia nas aulas de Matemática é muito positivo: aperfeiçoa o desempenho do aluno, aumenta a motivação, promove o interesse pelo aprendizado da disciplina e, consequentemente, ajuda no LETRAMENTO MATEMÁTICO.

No material do Sistema Piaget brincadeira é coisa séria! São inúmeros objetos educacionais digitais 100% interligados ao material!

Clique para ver um exemplo: https://spiaget.me/numeros-em-toda-parte

GRÁFICOS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

A Matemática, por meio de gráficos de diversas formas, mostra-se necessária nas mais diferentes áreas do conhecimento para representar dados e facilitar a compreensão de informações de análises e pesquisas.

O aluno, mesmo o iniciante no estudo da Matemática, consegue entender gráficos simples e até montá-los. 

Se o professor apresentar os dados, como por exemplo, o número de alunos deste ano matriculados em cada série do Ensino Fundamental para comparar as quantidades, o aluno, bem orientado, pode montar diferentes tipos de gráfico. Citamos os 3 gráficos principais: o gráfico de linhas, o gráfico de barras e o gráfico de setores (chamado de gráfico de pizza).

O gráfico é visual, é concreto e, portanto, permite uma aprendizagem significativa

A leitura ou interpretação de um gráfico exige muitas habilidades, como a observação do título, do contexto e das demais informações que aparecem ao lado ou abaixo. Do mesmo modo, para a sua elaboração, o aluno precisa pôr em prática essas várias habilidades. 

Além disso, a inclusão de um gráfico em projetos interdisciplinares é uma estratégia bastante motivadora.  

E o mais importante: compreender gráficos hoje em dia é uma tarefa indispensável, pois eles estão muito presentes nos meios de comunicação, seja nos jornais, revistas, internet, etc. 

Não compreender gráficos é não estar letrado. 

Veja exemplos de gráficos para crianças:


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