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MAPA MENTAL

Pedagógico

Por Maria Luisa Silvestre

MAPA MENTAL

Recurso da Neurociência ajuda no retorno às aulas presenciais

Muitas escolas particulares retornaram suas aulas presenciais, porém dividindo a classe, ou seja, metade dos alunos tem aulas na escola em uma semana, enquanto a outra metade recebe essas mesmas aulas de forma on-line, e, assim, vão revezando. São as chamadas aulas híbridas.

Esta nova realidade de aulas híbridas é, na verdade, mais um outro desafio para a comunidade escolar, indo além das questões relativas aos protocolos de higienização e distanciamento (que foram providenciadas e bem resolvidas). Agora, os professores precisam novamente direcionar suas aulas de outra maneira e diferentes encaminhamentos devem ser propostos, já que a situação vivida ainda é delicada sob muitos aspectos e, sobretudo, o aspecto emocional.

A psicóloga e educadora Carla Jarlicht declara: “É preciso maior atenção aos aspectos emocionais, tanto de professores quanto de alunos. Em alguma medida, todos estão sensíveis a tudo que vem acontecendo e, de certa forma, inseguros, ansiosos”

PACIÊNCIA E CARINHO

O retorno foi muito aguardado pelos alunos. Porém, quando chegaram à escola, mesmo animados e felizes de rever seus colegas e professores, demonstraram uma reação psicológica de estranhamento e de ansiedade. Alguns professores disseram: “Parecia que era o primeiro dia de escola na vida deles.”

Esta situação deixa evidente que, antes de qualquer atividade, faz-se necessário um bom diálogo com a turma: saber como estão se sentindo, como foram as aulas on-line, como estão vivendo o distanciamento, etc. 

OS ALUNOS APRENDERAM MUITO NAS AULAS ON-LINE, MAS ESTÃO ASSUSTADOS 

Temos  consciência de que os alunos tiveram um bom aprendizado,  um aprendizado de vida nas aulas on-line. Eles se tornaram mais independentes, responsáveis, mais focados para poderem realizar as atividades e oficinas de todas as disciplinas, que exigiam deles seguir passo a passo a orientação dos professores.

Mas aprenderam também muitos conteúdos… que agora “parecem” ter escapado da memória.

Um exemplo desse fato se deu em aula presencial de Ciências do 5º ano, no Colégio Piaget (Escola de aplicação do Sistema Piaget), quando as professoras, conversando com os alunos sobre os  alimentos saudáveis e os que prejudicam a saúde se consumidos em exagero, para, depois, juntos, construírem uma “pirâmide alimentar”, perceberam que eles estavam nervosos. Na verdade, não conseguiam se expressar, confundiam os nomes dos nutrientes e seu valor na alimentação. E esses conceitos, já trabalhados, eram pré-requisitos para o estudo pretendido. 

NESTE RETORNO, NOVAS ESTRATÉGIAS

Nada de pânico. Nessa hora, o caso é deixar o aluno calmo e dar o famoso “passinho para trás”, mas com novas técnicas metodológicas. Foi então que, reunidas, as professoras lembraram da Neurociência e suas descobertas, que tanto ajudam no aprendizado. Os estudos do cérebro revelam que o indivíduo  aprende mais e organiza melhor os conhecimentos de forma visual. Por conta disso, elas planejaram para que, na aula seguinte, os alunos fizessem um MAPA MENTAL sobre “nutrientes”.

O QUE É UM “MAPA MENTAL”?

Resultante das pesquisas neurocientíficas, o MAPA MENTAL é um tipo de diagrama, um painel visual, elaborado pela própria pessoa, no caso, pelo próprio aluno. Inicia-se com uma palavra-chave e dela saem ramificações para indicar tipos, classificações ou exemplos. Usa-se, de preferência, para associações de uma mesma ramificação, uma cor específica.        

Esse mapa visual ajuda a criar ideias, a organizar o assunto, a  resumir e também a relembrar e/ou memorizar.

COMO FAZER UM MAPA MENTAL?

A partir de uma palavra-chave no centro de uma folha de caderno ou papel sulfite, fazem-se setas ou ramificações, sempre com cores, desenhos, colagens de tiras de papel e poucas palavras (como num resumo).

No exemplo citado da aula de Ciências, a palavra-chave foi nutrientes. As professoras pediram aos alunos para usarem canetas coloridas ou recortes de papel de quatro cores, já que  precisavam fazer setas para 4 tipos de nutrientes (proteína / gordura / sais minerais e vitaminas / carboidrato).         

As professoras foram dando as dicas, orientando, pedindo para algum aluno dizer um tipo de nutriente que lembrasse, e assim por diante. Todos foram montando seu mapa. Depois, fizeram retângulos ou círculos para exemplos de cada tipo de nutriente, com a mesma cor que tinham escolhido para ele. E todos conseguiram dar exemplos… a memória foi voltando

Por último, conseguiram identificar no painel quais nutrientes eram energéticos, construtores e reguladores.

OUTRO EXEMPLO DE MAPA MENTAL  

O professor pede para escreverem no centro da folha “Meio ambiente e os 5Rs”.

Obviamente, vão fazer 5 setas ou ramificações e escrever as palavras repensar, reciclar, reutilizar, reduzir, recusar (os alunos irão mencionar pelo menos algumas delas), usando 5 cores diferentes. Depois, irão colocar mais setas e acrescentar retângulos ou colar tiras coloridas para explicar, resumidamente, o que significam essas 5 palavras. Continuando, outras setas e retângulos ou tiras coloridas para a parte mais importante: os alunos darão exemplos de cada uma dessas 5 atitudes de preservação do meio ambiente (eles, com certeza, saberão dar pelo menos um exemplo).

Veja o modelo de um diagrama para esse tema:

MAIS UM EXEMPLO DE MAPA MENTAL, PARA REVISÃO DE GRAMÁTICA

Para recordar qualquer assunto gramatical, o MAPA MENTAL é uma ferramenta excelente. No centro da página, os alunos escrevem, por exemplo, classes gramaticais, e o professor orienta a colocação de setas ou ramificações na quantidade das classes gramaticais que eles já conheçam. Então, uma seta para substantivo, outra para adjetivo, outra para artigo, etc. Em seguida, fazem retângulos ou colagem de tiras coloridas para exemplos que eles próprios irão fornecer.

TORNE ESSA TÉCNICA SUA AUXILIAR CONSTANTE. OS ALUNOS VÃO AGRADECER.

Em suma, o  MAPA MENTAL é uma construção conjunta entre alunos e professor. Todos participam, todos interagem, pois sempre alguém lembra de algo relevante ao tema ou propõe uma ideia ou dá um exemplo. O professor vai gerenciando, fazendo perguntas. Os alunos anotam, mas o mapa fica sempre diferente um do outro, pois, embora coletivo, ao mesmo tempo é individual. E isso torna a experiência bem interessante.

O mapa pode ser feito nas aulas presenciais ou on-line e sobre qualquer assunto de qualquer disciplina do currículo. Pode ser sobre um conteúdo novo, mas que todos tenham algum conhecimento, ou para revisar algo já estudado.

Sem perceber, o aluno treinará o seu cérebro a refletir,  a selecionar, a organizar as ideias, a verificar semelhanças e diferenças, a resumir assuntos, a  relembrar, a memorizar…  

Existe um método melhor? Experimente com suas turmas! Os resultados são surpreendentes, e os alunos adoram esta atividade, principalmente quando podem pintar, ilustrar, usar a criatividade na montagem do Mapa.

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