VACINAÇÃO INFANTIL: COMO FICA A ESCOLA NESSE DEBATE? – Sistema Piaget
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VACINAÇÃO INFANTIL: COMO FICA A ESCOLA NESSE DEBATE?

Por: Maria Luísa Silvestre e Simone Lopes

Pedagógico

A vacinação contra Covid-19 para o público infantil tem avançado no Brasil e, ainda, alguns pais ou responsáveis demonstram dúvidas sobre como devem agir. 

Sendo a escola uma referência no cuidado com as crianças, eles acabam buscando orientações com a equipe escolar. Dessa forma, abrir esse diálogo com os pais pode ser relevante para a conscientização sobre a necessidade da vacinação infantil.

As escolas têm um papel fundamental neste momento, informando os pais e as crianças sobre o benefício da vacinação até para a continuação das escolas abertas

A escola é essencial para a vida das crianças, que já sofreram muito com o seu fechamento. A vacina contra Covid traz esse adicional de segurança a todos da comunidade escolar.

Se o percentual de não vacinados for pequeno, o risco de contaminação dos alunos diminui, e as complicações decorrentes da doença serão praticamente nulas. 

Infelizmente, a vacinação contra Covid-19 não está prevista no PNI (Plano Nacional de Imunização) e, portanto, os alunos não imunizados não podem ser impedidos de serem matriculados e frequentarem as aulas. Mesmo a Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares) orienta as instituições privadas de ensino a não exigirem o certificado de vacinação dos alunos.

Entretanto, a escola precisa contribuir para a promoção da saúde, atuando na conscientização dos pais.  É possível, por exemplo, enviar comunicados informativos sobre o tema. Deixar claro no texto que a vacinação é um pacto coletivo e que  não devemos temer a vacina e sim a doença. Frisar as consequências graves da doença que a vacina evita: dor, sofrimento, internação e mesmo morte em todas as faixas etárias.

Outra medida é a escola identificar os alunos não vacinados contra a Covid-19 e tentar conversar com os pais. O vínculo que existe entre a escola e as famílias deve ser aproveitado neste momento para proporcionar maior vacinação às crianças.

Segurança dos imunizantes

Atualmente, há duas vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para serem aplicadas nas crianças e adolescentes: a Pfizer e a Coronavac. Apesar de haver muita desinformação na internet, as vacinas passaram por testes. O simples fato dos imunizantes receberem aval da Anvisa deveria ser o suficiente para que a população entendesse que as vacinas são seguras. O crivo da Anvisa é bem rigoroso e existe comprovação de sua segurança.

Mais de cinco milhões de doses da Pfizer já foram aplicadas em crianças de 5 a 11 anos nos Estados Unidos e em outros países, sem demonstrar efeitos indesejáveis ou de preocupação.

Já existem publicados estudos de fase 1, 2 e 3 em crianças de 5 a 11 anos mostrando que, após duas doses da vacina Pfizer infantil, elas apresentaram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos. Além disso, houve demonstração de eficácia de 90,7% para a prevenção da Covid-19 pelo menos 7 dias após a segunda dose. 

Demais vacinas

Não só a vacinação contra Covid-19 deve ser encarada como um pacto coletivo, mas todas as imunizações. As crianças devem ser vacinadas contra todas as doenças ameaçadoras e, novamente, a escola deve ser uma aliada nesse processo de conscientização das famílias

“Em 2019, tivemos uma epidemia razoável de sarampo em São Paulo, com pouquíssimos casos fatais, mas houve mortes. É importante manter a imunização em dia sempre. Vemos que muitas infecções que tinham diminuído estão voltando nesses dois últimos anos”, alertou o médico Eitan Berezin.

Ainda segundo a pediatra Gabriele Teodoro, desde 2014 há um declínio da cobertura vacinal das crianças e, em 2020, nenhuma das vacinas atingiu a meta necessária, o que gera uma grande preocupação e risco para o país.

“Como ocorreu com o sarampo, outras doenças infecciosas eliminadas ou controladas podem voltar a apresentar aumento no registro de casos. Isso reflete principalmente uma falta de preocupação com o bem-estar da coletividade”, avaliou a doutora. 

E acrescentou: “A vacina é um pacto coletivo e social para o bem estar de todos. Além disso, existem questões legais sobre o tema, como os cuidadores poderem ser responsabilizados pela não vacinação dos filhos e isso até resultar na perda da guarda de suas crianças”.

No Estado de São Paulo, a Secretaria Estadual de Saúde explica que a escola é obrigada por lei a informar o Conselho Tutelar da não apresentação do comprovante vacinal dos alunos.

Acreditamos, portanto, que a escola pode e deve tomar uma postura mais exigente em  defesa da saúde das crianças que tanto amamos e que se tornam vítimas de pais mal informados.

Consideramos que, quando os pais negam a vacinação de uma criança, eles assumem a responsabilidade de lidar com o quadro grave de uma doença, possibilitar o reaparecimento de doenças que já eram controladas e infectar outras crianças. 

Precisamos fazer a nossa parte. Não podemos deixar de nos envolver. São vidas de crianças inocentes que estão em jogo.  Vamos ajudar na conscientização dos pais.

Passemos a eles a informação correta: 

As vacinas são seguras e eficazes! Vacinem seus filhos!


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