Avaliação de aprendizagem – Sistema Piaget
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Avaliação de aprendizagem

Vamos refletir sobre avaliação de aprendizagem no contexto das aulas remotas?

A suspensão temporária das aulas presenciais nas escolas e a adesão às aulas remotas são uma tentativa de reduzir o risco de contágio e disseminação do coronavírus (COVID-19) entre os(as) alunos(as), os(as) professores(as) e o restante da população.

De fato, essa crise oferece uma chance de questionar velhos hábitos, de experimentar novas maneiras de fazer as coisas, de inovar.

Nesse contexto, com as aulas remotas, como fica a AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM?

Uma etapa essencial do processo de ensino e aprendizagem é determinar o nível de conhecimento dos(as) alunos(as) por meio de mecanismos de avaliação quantitativos e qualitativos. Esse é um aspecto comum das instituições de ensino, pois serve como um feedback indispensável sobre a efetividade da metodologia e das estratégias adotadas pelo(a) professor(a) e sobre a evolução contínua do(a) aluno(a).

Entretanto, a avaliação de aprendizagem no ensino a distância (EaD) tem algumas particularidades. É preciso uma metodologia específica, aplicada com cuidado para garantir a aquisição de dados fidedignos e objetivos.

Assim, nesses tempos de COVID-19, é importante se apropriar de alguns aspectos da AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM em EaD:

1 – O conceito de avaliação da aprendizagem
2 – A relação entre avaliação da aprendizagem e inovação
3 – O uso do EaD na avaliação
4 – Os passos para fazer uma avaliação da aprendizagem em EaD
4.1 – Foque em diagnosticar
4.2 – Estimule o diálogo e a reflexão
4.3 – Aproveite os recursos tecnológicos
4.4 – Use a interdisciplinaridade
4.5 – Faça autoavaliações periódicas

1 – O conceito de avaliação da aprendizagem
Tradicionalmente, no âmbito escolar, avaliar significa utilizar instrumentos e ferramentas para mensurar o conhecimento dos(as) alunos(as), verificando o grau de conformidade com alguns objetivos traçados dentro de um espaço de tempo. O ideal é que sejam levados em consideração não somente o conteúdo assimilado, mas também a linguagem, a assiduidade, o compromisso, a capacidade dialética e outras competências, como as referidas na BNCC.

2 – A relação entre avaliação da aprendizagem e inovação
É comum associar o ato de avaliar à realização de “provas” para quantificar o conhecimento do(a) aluno(a) e classificá-lo(a) de acordo com a pontuação obtida. Entretanto, com o desenvolvimento e a consolidação de metodologias inovadoras, tanto presenciais quanto a distância, faz mais sentido pensar de forma ampla, menos focada em aprovar ou reprovar o(a) aluno(a). Essa educação do século XXI traz mudanças para a Educação Básica e o Ensino Superior, retirando o foco do(a) professor(a) e promovendo mais protagonismo ao(à) aluno(a). Os recursos didático-pedagógicos têm acompanhado esse movimento de modernização da educação, considerando o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação mais robustas e que ajudam a consolidar essa nova perspectiva do processo de ensino e aprendizagem e da relação entre professor(a) e aluno(a). Nesse sentido, a educação a distância é pioneira.

3 – O uso do EaD na avaliação
No lugar das “provas” periódicas e dos longos trabalhos focados em um conteúdo denso, o EaD facilita a realização de avaliações contínuas, que fornecem feedbacks pontuais e imediatos sobre o desempenho do(a) aluno(a) e qual o próximo passo na sua trajetória de aprendizagem. Utilizar o EaD na avaliação da aprendizagem implica em mais individualização, em que o(a) professor(a) classifique menos e oriente mais. Os espaços para discussões entre aluno(a) e professor(a) nos fóruns são fomentos para a construção ativa do conhecimento, em busca de verdades sobre problemas e hipóteses, e não da resposta certa para uma questão de “prova”.

4 – Os passos para fazer uma avaliação da aprendizagem em EaD
É preciso ter em mente as diferenças estruturais na hora de preparar as avaliações de aprendizagem para a modalidade EaD. A seguir, alguns aspectos essenciais de atenção que garantem uma análise fidedigna do conhecimento dos(as) alunos(as).

4.1 – Foque em diagnosticar
O modelo tradicional de avaliação de aprendizagem quantifica o conhecimento do(a) aluno(a) com base nos erros e acertos, que são transformados em notas e classificações arbitrárias, para aprová-lo(a) ou reprová-lo(a). Entretanto, o ideal é pensar na ferramenta avaliativa como uma forma de diagnóstico, que aponta para o(a) professor(a) quais são os pontos a serem atingidos no processo de ensino e aprendizagem. Com base no desempenho dos(as) alunos(as), são feitos ajustes e reajustes nos métodos, nas estratégias, nos recursos etc. utilizados ao longo do processo.
O que ele(a) precisa aprender no momento?
Como considerar o que ele(a) já sabe e ampliar isso?
Quais os métodos e estratégias a serem utilizados para incluir e manter os(as) alunos(as) no processo?
Como suplementar o que ele(a) já aprendeu?

Essas são algumas perguntas que a equipe gestora e os(as) professores(as) devem buscar responder, com base nos resultados das avaliações.

4.2 – Estimule o diálogo e a reflexão
Uma das vantagens é a facilidade na aplicação de atividades com respostas abertas e no uso de materiais didáticos para que os(as) alunos(as) consultem e fundamentem a sua argumentação. Ademais, a presença do(a) professor(a) nos fóruns de discussão é necessária para mediar as conversas e entender a forma idiossincrática como o conteúdo é compreendido.

4.3 – Aproveite os recursos tecnológicos
Utilize as ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação que as plataformas suportam. Além dos fóruns e das “provas”, já é possível fazer uso até da inteligência artificial para corrigir automaticamente as atividades e dar aos(às) alunos(as) um feedback mais rápido. Isso também é importante porque desburocratiza o trabalho dos(as) professores(as) e os(as) empodera. Outra possibilidade interessante é pensar no conteúdo visual. Além das videoaulas, os webinars e conteúdos extras são recursos que mantêm o interesse e a motivação dos(as) alunos(as), deixando as avaliações de aprendizagem menos engessadas e mais focadas no ensino, de forma ampla e heterogênea.

4.4 – Use a interdisciplinaridade
Nas atividades avaliativas de aprendizagem, inclua habilidades como a escrita, o raciocínio lógico e a construção de argumentos junto aos conteúdos específicos dos componentes curriculares (disciplinas) de cada área. É preciso que os(as) alunos(as) tenham uma visão holística do conteúdo apresentado, menos focado na ideia de capitalizar o conhecimento e transformá-lo em força de trabalho, e mais em exercê-lo como uma forma de cidadania e projeto de vida.

4.5 – Faça autoavaliações periódicas
De nada adianta ter como princípio o protagonismo dos(as) alunos(as) se não forem capazes de descrever seus objetivos e, mais ainda, de dizer até que ponto estão alcançando-os. Eles(as) devem ser capazes de descrever de que forma a metodologia, as estratégias, os recursos etc. utilizados no processo de ensino e aprendizagem são efetivos para ele(a), da mesma forma que a instituição escolar deve estar aberta para receber e incorporar os feedbacks recebidos. Além disso, os(as) próprios(as) professores(as) devem ser capazes de assumir essa nova concepção de ensino e aprendizagem e de avaliação. Inclusive, é crucial que a instituição de ensino invista na capacitação dessa equipe, já que toda a reestruturação implica uma fase de aceite e adaptação.

Momento de REFLETIR e INOVAR

É difícil afastar a ideia de hierarquia quando se pensa na relação entre professores(as) e alunos(as). Porém, a avaliação da aprendizagem em EaD favorece a consolidação de novas perspectivas sobre os papéis de docente e discente, sobretudo porque a educação a distância tem a inovação no seu DNA.

Usar Tecnologia da Informação e Comunicação implica repensar as metodologias e estratégias educacionais, já que se torna possível dar mais autonomia e promover a afirmação do(a) professor(a) no papel de mediador(a)/orientador(a), reforçando o(a) aluno(a) como agente ativo na construção do conhecimento.

Por isso, avaliar a aprendizagem e mensurar o conhecimento, de forma virtual, na modalidade EaD, significa quebrar paradigmas e dar o próximo passo em direção a um sistema de educação mais focado no(a) aluno(a).
Fonte: https://blog.lyceum.com.br/como-fazer-avaliacao-da-aprendizagem-em-ead/

Você já havia refletido sobre a avaliação da aprendizagem por meio da educação a distância (EaD)?
Que tal fazer a leitura a seguir?
“Como ensinar e como avaliar o desempenho escolar considerando as competências e habilidades.”
Onde?
Nas páginas iniciais do Manual do Professor!

Na nova edição do material do Sistema Piaget, junto com os conteúdos, foram criadas situações para o desenvolvimento das habilidades relacionadas a cada componente curricular, propostas na BNCC. Cabe ao(à) professor(a) orientar os(as) alunos(as) no desenvolvimento das competências e habilidades, para que possam usá-las da maneira mais adequada, de acordo com seu planejamento e com os resultados que pretendem alcançar.

Ah! Os(as) editores(as) e os autores(as)-professores(as) desta nova edição acreditam no trabalho por meio da AVALIAÇÃO FORMATIVA, levando em conta também os demais tipos de instrumentos avaliativos. No material, a Taxonomia de Bloom foi aplicada nas atividades, nos procedimentos e instrumentos avaliativos, como apoio didático-pedagógico, de acordo com as competências e habilidades dos componentes curriculares propostas pela BNCC.

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